29 de dezembro de 2009

O clássico erro da New Coke

Qualquer "apanhado" de Erros de Marketing que se preze tem que mencionar esse deslize e não será diferente com esse blog. Vamos relembrar o caso da New Coke?
Em 1985, em meio a uma forte ameaça de perder mercado para a Pepsi, a presidência da Coca-Cola decidiu tomar uma medida drástica: substituir o seu produto mais vendido por uma nova fórmula, supostamente melhor.
Obviamente a mudança foi acompanhada de uma série de pesquisas que afirmavam que, em testes cegos, a preferência pela nova bebida era praticamente unânime. Mas... no teste da vida real o consumidor reagiu de forma diferente e começou a pedir a sua antiga Coca-Cola de volta. E enquanto isso, a Pepsi fazia propagandas dizendo que tinha vencido a "batalha das colas", já que a Coca tinha apelado para uma mudança de produto, assumindo que não era o melhor.
Após 3 meses, em meio a uma situação mais que delicada, a Coca trouxe seu produto original de volta às prateleiras, agora renomeada de Coke Classic, mantendo a New Coke como extensão de linha. Não demorou muito e as vendas da New Coke já não era mais expressivas versus o produto original (leia mais sobre esse caso aqui ou aqui).
Esse acontecimento é uma prova de que nem sempre as pesquisas conseguem determinar o que realmente vai acontecer no mercado. É preciso ter cautela para fazer mudanças tão significativas em produtos que têm uma grande lista de consumidores "apaixonados pelo produto" como a Coca.
A coca reagiu rápido e pagou caro pelo erro, mas conseguiu reverter a situação. Ainda bem que eles não tiveram a brilhante idéia de relançar o produto original como "Old Coke". :-)
É errando que se aprende.

18 de dezembro de 2009

Motorola, Kodak e Palm vão desaparecer em 2010

Todos os anos muitas marcas desaparecem do mercado e nem percebemos. Alguém se lembra da Gurgel, Olivetti, Arapuã ou Mappin? São marcas que passarm por situações financeiras complicadas e acabaram sumindo ou ficando muito menores.
O site 24/7 Wall Street publicou uma lista de marcas que estão com os dias contados. Segundo o texto, Motorola, Blockbuster, Sun Microsystem, Palm, Kodak e Newsweek são fortes candidatas a desaparecerem do mercado em 2010 porque estão em situações críticas de negócios.
É uma pena ver marcas que já foram tão fortes (a Motorola, por exemplo, chegou a ser a 2a maior marca de celulares do mundo e a Kodak sempre foi sinônimo de fotografia) sofrendo as consequências de decisões incorretas e/ou mudanças de mercado. Fica aqui a nossa esperança de que elas consigam virar o jogo.



17 de dezembro de 2009

A diferença de uma boa execução na campanha de OMO

A campanha de Omo que esteve no ar alguns anos - entitulada "se sujar faz bem" - é sensacional. Consegue trazer um benefício funcional (remoção de manchas) e emocional ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
Mas reparei que, na verdade, todo mundo que gosta dessa campanha só lembra das boas execuções de comunicação.
Pesquisando mais a fundo achei uma série de comerciais dentro desta campanha que são menos impactantes. Vejam abaixo dois exemplos claros de execução da mesma idéia.
A primeira é mais "basiquinha", educacional, funcional. A segunda é mais inpiracional, emotiva, profunda. Óbvio que nesta categoria não dá pra ficar o tempo todo apenas com filmes emocionais no ar. Não é isso que quero dizer.
Mas essa comparação é uma prova clara pra mim de como um bom briefing, um bom criativo e uma boa produção por trás de uma boa idéia podem deixá-la ainda mais forte e relevante. Execução é tão importante quanto um bom planejamento, pois é a execução que o consumidor vê!

14 de dezembro de 2009

E o lançamento do ano é... um sanduíche do KFC (?!)

Os Estados Unidos são o berço do Marketing moderno. País ultra consumista, avançado em tecnologia e onde várias tendências mundiais nascem. É também o lugar onde as multinacionais mais investem em propaganda e onde os lançamentos ganham proporções inacreditáveis. Neste cenário, qual você acha que deve ter sido  lançamento de produto mais lembrado pelos americanos em 2009?
Um carro? Um acessório de tecnologia? Um ítem de moda?
Nada disso... foi um hamburger de frango grelhado do KFC.
Que decepção, hein? :-) Parabéns aos marketeiros da KFC, mas quem trabalhou em lançamentos de produtos inovadores deve estar com um gosto amargo na boca a essas horas. Afinal de contas, deveria ser muito mais fácil gerar boca-a-boca (e, consequentemente, LEMBRANÇA) com algo que realmente mude a vida do consumidor do que com um novo sabor de sanduíche, não é?
Ano passado o topo do ranking ficou com o Wii Fit e em 2007 com o iPhone.

Pra quem quiser acessar mais detalhes, veja aqui os rankings: 2009, 2008 e 2007.

Como NÃO fazer do Limão uma limonada

Alguém aí sabe a quantas anda aquele site http://www.limao.com.br/ ?
Cerca de um ano atrás eles investiram pesado em publicidade massiva, contrariando quase todos os negócios na internet (já imaginou ver uma propaganda do Youtube no Jornal Nacional?). Era uma seqüência de propagandas bizarrinhas que comemoravam a entrada de supostos novos usuários no site. Veja um exemplo abaixo:

Confesso que depois de muita insistência da parte deles eu acabei acessando uma vez o bendito site. Layout moderninho, conteúdo alternativo, legal. Nunca mais acessei. Agora minha memória deu um estalo... pra onde será que foi todo aquele investimento?
O site continua lá... me gerando a mesma impressão do começo... algo do tipo: "o que esse portal me entrega que os outros não entregam, mesmo?".
Tive o cuidado de pesquisar pra não falar besteira: segundo o Alexa o Limão é o 817º site mais acessado do Brasil, graças a um bom fluxo que vem do site da radio Eldorado (?). Eles não conseguiram segurar a audiência e hoje têm cerca de 50% dos acessos que conseguiram na época da mídia. Ok, estar entre os top 1000 não é pouco, mas... será que foi pra isso que eles investiram tanto?

10 de dezembro de 2009

Era uma vez uma margarina chamada Doriana

Na década de 70 a Unilever conseguiu mudar o hábito dos consumidores, passando do consumo diário de manteiga animal pra margarina. E assim nasceu a Doriana que nós conhecemos, uma das maiores marcas de alimentos do país. Trinta anos depois (em 2007), a marca foi comprada pela Perdigão - o que parecia ser um excelente negócio, uma vez que a empresa já trabalhava no mercado de refrigerados e tinha um portfolio mais focado que a Unilever.
O que aconteceu? Um verdadeiro exemplo de aquisição que prejudicou uma marca. Em menos de 1 ano a Doriana perdeu a preferência do consumidor e do trade para a Qualy, da Sadia.
Uma pena. Deixaria aqui uma mensagem de incentivo aos responsáveis pela marca se não fosse o fato de que, recentemente, a Perdigão se fundiu com (ou comprou) a Sadia. Grandes chances da marca que criou um "café da manhã feliz em família" acabar virando uma marca de combate.
Era uma vez uma margarina chamada Doriana....

8 de dezembro de 2009

Petrobrás rompe com Flamengo antes de vitória histórica

Petrobrás patrocinou o Flamengo por 25 anos (!), um exemplo de continuidade e construção de marca de longo prazo. Mas... 8 meses antes do clube com a maior torcida do país sair de um jejum de 17 anos e vencer o campeonato de pontos corrido mais emocionante da história, eles romperam o contrato.
Esse momento histórico do Flamengo foi acompanhado de uma explosão de interesse pela sua marca e o jogo final rendeu 50 pontos de audiência no RJ (!!!), mas quem tirou proveito disso foi a Ale, concorrente direta da Petrobrás. Que azar, hein???




7 de dezembro de 2009

Mickey é detido pela polícia na Disney

Quem já foi pra Disney sabe: uma visita ao parque vale uma aula de maketing. É literalmente um exemplo de encantamento do cliente através do bom atendimento, da estrutura, da experiência, etc.
Não há quem chegue lá e não queira usar o chapéu com as orelhas do Mickey ou gastar tudo o que tem nas lojinhas de souvenirs. Impressionante.
Agora imagine que você chega no parque e se depara com... o Mickey sendo preso pela polícia porque estava pedindo aumento de salário?!! Pois aconteceu.
A notícia não é nova, mas vale uma lição sobre a necessidade de protegermos aquilo que existe de mais importante em nossos negócios e marcas. E outra lição sobre como gerenciar situações de risco de imagem. A Disney conseguiu conter rapidamente o caso, mas ainda assim houve multiplicação mundial da notícia.


3 de dezembro de 2009

Telefonica, Itaú e TIM são as mais "reclamadas"

Quando falamos em Marketing, falamos em satisfazer o consumidor. Esse é um grande desafio para as empresas de serviços, que são responsáveis pela maioria dos contatos "fornecedor x cliente" do mercado.
Admiro a coragem de quem se propõe a "servir" o cliente. Os hotéis, companhias aéreas, bancos, empresas de comunicação, etc dependem muito de PESSOAS e suas relações. Estamos falando de negócios que demandam muito investimento em treinamento, padronização, aceleração de processos e até tecnologia.
Mas... o que dizer de empresas que têm o "bom serviço" como missão mas que têm muitos clientes reclamando do tratamento que receberam?
Veja o ranking do Procon/SP com as empresas mais reclamadas em 2008 e tirem suas conclusões:

2 de dezembro de 2009

Produto feito pra usar no avião, mas proibido por companhias aéreas

As fabricantes de celular e de rádio criaram uma função interessante: o "modo avião", que permite que você use todas as funcionalidades do aparelho que não interferem no sistema da aeronave (como os jogos, agenda, músicas, etc) enquanto voa. Não é genial?
Só faltou combinar com as companhias aéreas. Em TODOS os vôos a TAM comunica explicitamente que os celulares devem permanecer desligados durante todo o vôo, mesmo se for no "modo avião". Então pra que serve esse benefício de produto?? Lastimável.


1 de dezembro de 2009

Logos separados ao nascer 2

Já que o meu primeiro post sobre logos parecidos fez sucesso, aproveito pra continuar a lista... é a prova irrefutável de que existe muita coisa copiada ou, no mínimo, pouco original no mundo do design:

Gillette teve que mudar anúncio com Henry segurando bola

A França, uma das equipes de futebol mais fortes do mundo, quase ficou fora da Copa do Mundo de 2010. O time se classificou na repescagem, em cima da Irlanda, com um gol na prorrogação. Até aqui tudo sofrido, mas tudo bem. O problema é que o gol nasceu de um escandaloso toque de mão do Thierry Henry, que fez o jogador ser mal falado no mundo todo e odiado pela colônia irlandesa.
Mas... o que isso tem a ver com marketing? Nada, se a Gillette não usasse uma imagem do Henry COM A MÃO NA BOLA como visual chave de sua campanha Champions (!!).
O que fazer? Photoshop instantâneo, e o Henry largou a bola pra pôr a mão no bolso. Correm até boatos de que a P&G quer romper o contrato com o jogador por causa do risco da associação da imagem a um atleta desleal.
Este é o risco de usar celebridades...

30 de novembro de 2009

Itaú usa propaganda de mau gosto

Existe uma linha de marketeiros, da qual eu faço parte, que acredita que uma propaganda deve ser "rewarding" para ser eficiente. Esse termo significa que, em geral, propagandas com tom positivo e que fazem as pessoas quererem vê-la de novo têm mais chances de conseguir convencê-las. Isso implica em evitar roteiros ou edições que causem fortes emoções negativas como constrangimento, nojo excessivo, insegurança, etc.
Esses dias assisti à nova propaganda dos investimentos Itaú que achei um puro mau gosto. Colocar uma mulher contando para o marido que está grávida através de uma história de traição não me pareceu nada sensato. Já assisti 2 vezes e não conseguia me lembrar qual era exatamente o produto que estava sendo oferecido, de tão chocado que fiquei com a história, mesmo tendo um final feliz.
Adoro as propagandas do Itaú, mas essa foi totalmente contra os meus princípios teóricos de uma propaganda eficiente:

28 de novembro de 2009

O maravilhoso (mas confuso) portfólio de cafeteiras da Nestlé

O pessoal da Nestlé está de parabéns por sua linha de cafeteiras. Primeiro porque as máquinas são um show de design. E segundo porque eles conseguem fazer um admirável controle de preços no mercado... é muito difícil achar preços diferentes, incentivando que todos os canais de distribuição sintam interesse em vender o produto.
Mas... como consumidor, eu, honestamente, não entendi a lógica por trás do portfólio de produtos. Ao procurar por modelos pra comprar, me deparei com 2 grandes opções, que me foram apresentadas desta forma nas lojas:
1) Cafeteiras Nespresso: mais "profissionais", com várias opções de sabores de café. Preço: R$800 e R$2000, dependendo do modelo.
2) Cafeteiras Nescafé Dolce Gusto: mais "despojadas" e práticas, servem pra fazer cafés, chocolate, capuccino e outras bebidas.Preço: R$599.
Todas são lindas... mas.... quer dizer a máquina que faz mais opções de bebidas é bem mais barata?
Que sentido fez esse gerenciamento de portfolio? Seria como se, em uma concessionária GM, o Corsa viesse com ar condicionado, mas o Vectra não.
Talvez a comunicação que tenha chegado até mim não seja a mais correta. Imagino que a Nestlé considere a Nespresso uma máquina muito melhor, com cafés mais gostosos. Mas, como eles esperam que o consumidor perceba isso se apenas a Dolce Gusto teve mídia (veicularam uma versão em português deste filme recentemente)????

27 de novembro de 2009

McDonalds começa a usar "maquiagem verde"

O Mc Donald's vai mudar suas cores em alguns países da Europa. Em breve 100 lojas adotarão um visual "verde escuro", tentando passar uma imagem mais "ambientalmente amigável". Isso é o que eu chamo de "maquiagem verde".
Além do imenso risco de perder a identidade (quantas vezes vou falar disso nesse blog?), ainda podem ser mal interpretados. Com certeza muita gente vai achar essa mudança uma heresia.
Se a onda pega a garrafa de Coca-Cola vai ser relançada em verde em breve.
Esse post deveria ir para o blog "Desesperos de Marketing".

25 de novembro de 2009

Logos separados ao nascer 1

Outro dia me dei conta da quantidade de identidades visuais parecidas que existem no mercado. O logo da Ford parece irmão do da Carrier. Já o tigre da Kellog's parece fazer um bico no posto Esso nas horas vagas. E o Alpino e o Toblerone parecem fazer questão de usar a mesma imagem dos Alpes.
Vamos lá, pessoal. Elementos gráficos são parte fundamental da criação de uma marca, ou seja, uma identididade de diferenciação. Fazer coisas parecidas com o que já existe no mercado demonstra limitação de criatividade, além de poder confundir o consumidor (especialmente quando falamos de duas marcas diretamente concorrentes como Chanel e Gucci).
E não me digam que é difícil fazer coisas diferentes... já viram a quantidade de logos que existem nos metrôs do mundo?

24 de novembro de 2009

Dako é bom? Marcas em músicas

O sonho de toda marca é virar sinônimo da categoria... virar referência e unanimidade a tal ponto de todos adotarem a sua marca como parte integrante de suas vidas. Algumas marcas conseguem chegar em um estágio tão avançado que acabam nos surpreendendo. Há quem pague pra ter móveis com a forma da garrafa de Coca-Cola. Há quem coloque um remédio (Aspirina) no nome de um filme. Há quem batize o filho com o nome de um produto. E não há cena de filme em que se procura por algo na internet em que não apareça o Google. Tudo normal. Afinal, esses logos, nomes de produtos ou formas fazem parte de nosso dia-a-dia de maneira muito natural.

Teve uma época em que a febre era tentar fazer as marcas serem mencionadas “espontaneamente” em músicas. Faz todo o sentido, não? Afinal uma marca pode ser ouvida milhões de vezes se fizer parte de um hit. Aerosmith, Bom Jov, U2, Mariah Carey, Elton John e até Frank Sinatra têm músicas que mencionam marcas (veja um lista). Algumas são espontâneas, outras não (sim, algumas marcas pagaram... e caro).

Aqui no Brasil, quem assistiu a primeira edição de A Fazenda reparou que a marca que mais apareceu foi.... Rolex, por causa da bendita música do Dado Dollabela que só tinha refrão. Mas... será que essa associação é boa pro Rolex?? Pra responder essa pergunta, uso um exemplo mais extremo: a marca de fogões Dako, que também entrou pra esse seleto grupo de marcas mencionadas espontaneamente em músicas, no hit “Dako (dá cu) é bom”, da Tati Quebra Barraco (veja letra). Que fria, hein? Ganhou uma garota-propaganda indesejada e ainda virou piada por aí.


19 de novembro de 2009

Luciano Huck vende de tudo

nho a impressão que o chamado "efeito manada" do mercado financeiro (quando todo mundo começa a fazer a mesma coisa sem saber o porquê) também acontece no mundo da publicidade. É impressionante ver como, de repente, o mesmo garoto-propaganda está em todos os anúncios. Isso é um óbvio relfexo dos picos de popularidade de algumas celebridades e também da falta de criatividade de algumas agências.
Teve uma época que o Ronaldinho Gaúcho vendia de tudo (até goma de mascar que faz bem pros dentes (!)), em outra era a Grazi, depois a Ivete Sangalo, seguida pela Claudia Leite, etc. A bola da vez é o Luciano Huck.
Respeitado como um dos melhores comunicadores do Brasil e tido como provável sucessor do Fasutão na Globo, o carismático apresentador tem feito propaganda de vitaminas até cartão de crédito, passando por cursos universitários, tênis, celulares, construtora, refrigerante, eletrodomésticos, roupa e até detergente pra lavar louça (isso fora os "n" merchandisings em seu programa de TV).
O problema é que a credibilidade da celebridade, quando muito exposta, começa a ficar em risco. Outro dia vi 3 propaganda seguidas onde o Huck aparecia recomendando produtos diferentes. Na terceira, não me passava mais segurança nenhuma.
Parece que seus assessores já perceberam isso e estão "abrindo mão" de alguns contratos atuais. Mas enquanto isso, dá-lhe propaganda!



17 de novembro de 2009

Propaganda concenve mais quando as pessoas estão cansadas


Você tem um comercial de TV fraco e não sabe o que fazer pra melhorar a sua capacidade de gerar vendas?
Um estudo publicado no Journal of Marketing Research comprovou que as pessoas são mais suscetíveis a propaganda quando estão... cansadas (!).
Leia mais aqui.
Mas, da próxima vez, faça uma propaganda melhor!!! :-)

15 de novembro de 2009

Kaiser deixa de ser uma grande cerveja pra ser "estatisticamente igual às outras"

Viram o novo comercial da Kaiser? A cerveja que mais mudou de comando nos últimos anos (só não ganha o "troféu bagunça" sozinha porque ainda tem Schincariol na parada) lançou uma nova campanha falando.... do bendito teste cego de cerveja, que já não deu certo várias vezes.
Mas desta vez fizeram um filme mais bonito, com celebridade e quebrando um tabu: mostraram todas as cervejas do mercado e seus percentuais de preferência. No fim das contas passaram a mensagem de que 20% das pessoas preferem Kaiser, estatisticamente o mesmo nível de Skol, Brahma, Antarctica e Nova Schin (o filme abaixo é a versão de 1 minuto, veiculada no lançamento / a versão de 30'' começa da metade pra frente, sem os depoimentos reais).
Eu entendi errado ou eles demostraram descaradamente que a Kaiser é "estatisticamente igual a todo mundo"?? É assim que eles querem criar um DIFERENCIAL??????
Se a idéia era convencer as pessoas com fatos, eles me convenceram a NÃO PEDIR KAISER, afinal, a chance de a Kaiser NÃO SER a ceveja que eu mais gosto é de 80% (matemática básica). Ops....
Talvez a Kaiser devesse aprender alguma coisa com a Itaipava, que, inacreditavelmente a ultrapassou em várias regiões, e usa o slogan "SEM COMPARAÇÃO".

13 de novembro de 2009

O bizarro logo das Olimpíadas de Londres 2012

Alguém pode me explicar o que significa o logotipo esquisitão das Olimpíadas de Londres 2012?
Pensei que só eu tinha achado estranho, mas já vi centenas de sites sobre esse assunto. Descobri que, através da BBC Sport, 25.000 pessoas solicitaram a mudança do logo (!), que foi desenvolvido pela Wolff Olins (mesma empresa que fez o simpático logo da Oi) e custou aproximadamente R$1,6 milhão de reais (!).
Os ingleses costumam ser reconhecidos por sua qualidade e criatividade em propaganda. Mas em design, desta vez, deixaram a desejar.
Por criar um logo quadradão, totalmente disforme e sem significado, pink e azul claro, com fonte infantil, dedicamos aqui uma homenagem ao Comitê Olímpico Inglês.

9 de novembro de 2009

Amazon inventa Kindle mas não consegue tirar proveito

Um dos lançamentos mais revolucionários da atualidade ainda não é tão famoso no Brasil... mas o Kindle deve chegar em breve. Trata-se de um equipamento que permite ler livros eletronicamente (! há quem diga que é uma inovação muito maior que o iPhone).
O produto é vendido atualmente a $250 e já atingiu os chamados "early adopters". Está saindo em tudo quanto é lugar (veja capa da Newsweek ao lado) e é a grande aposta da Amazon para seus resultados no futuro. Mas... como o produto é altamente dependente de tecnologia, a Amazon acaba ficando com apenas 25% do valor do produto... quem realmente leva vantagem nesse negócio são os fabricantes da Ásia (quem produz a tinta eletrônica, o display, o chip, etc). É preciso lembrar que ter uma idéia revolucionária não garante super resultados. É preciso saber gerenciar essa idéia pra poder ficar com a maior parte do ganho dessa cadeia de suprimentos, como faz a Apple, que fica com mais de 50% de todo o dinheiro movimentado com o iPhone, ainda que passe  pela mesma situação de importar os componentes da Ásia.

TAM repassa seu risco aos clientes

"Sou um agricultor. Hoje peguei um vôo da TAM que atrasou 3 horas e não teve serviço de bordo por causa do mau tempo. Eu tive que entender. Se a minha colheita vier ruim por causa do mau tempo e eu não conseguir pagar uma parcela do pagamento deste vôo será que a TAM vai entender?"

Inventei esse "causo" pra exagerar uma situação que enfrento todo mês como cliente. Esquecendo o lado pessoal, não consigo lembrar de uma empresa que consiga repassar para o cliente um risco inerente ao seu negócio com tanta naturalidade quanto as companihas aéreas.
Seria como se o McDonalds se achasse no direito de vender hamburger com carne estragada porque "acabou a energia" e esperasse que o consumidor aceitasse isso sem querer ser compensado.

Depois dizem que o cliente é que tem razão...

A propaganda é da Unilever, mas a Ralph Lauren saiu no lucro!

Quanto será que a Polo Ralph Lauren pagou (ou deveria ter pago) pra estar na propaganda de lançamento da promoção da Unilever? rsrs... Esse é praticamente um caso de co-branding!!! O logo do cavalinho tá umas 10 vezes maior que o logo da Nike na camisa da seleção e aparece o filme todo!
São detalhes na execução de um comercial que acabam desviando a atenção. Por isso o pessoal da Ipsos, que testa centenas de propagandas, prega tanto a importância da edição dos filmes.
Outra pergunta que não quer calar: será que a Globo cobrou duplicidade (pra quem não sabe, eles cobram uma taxa extra caso 2 produtos apareçam na mesma propaganda)? :-)

8 de novembro de 2009

Quem quer comprar um produto NORMAL?

Vamos pra um erro que só as mulheres devem ter percebido.
Outro dia reparei, na gôndola de absorventes femininos, que é preciso ter um Phd pra entender as diferenças entre as versões.
As embalagens comunicam atributos que vão da presença das abas até benefícios relacionados a sensação térmica e odor, passando pelos diferentes "tecidos", formatos, capacidades de absorção, etc.
Apesar de serem produtos muito parecidos, os absorventes oferecem muito mais opções de benefícios do que as fraldas infantis. Isso parece ser um reflexo da complexidade da categoria. Neste contexto competitivo, eu juro que não entendo por que as 3 principais marcas (Sempre Livre, Always e Intimus Gel) se dedicam para oferecer uma versão chamada de "Normal".
Normal = dentro da norma = dentro do padrão = sem diferenças = sem diferencial.

Com tantas opções interessantes e "tentadoras" na gôndola, por que uma mulher optaria por um absorvente "Normal"?? E porque dar esse nome a um produto, sendo que eles não são os mais baratos?? Que desperdício de oportunidade de tentar criar superioridade...
Já pensou se o McDonalds vendesse um hamburger McNormal? E se a Coca renomessase seu carro-chefe pra Coca-Cola Normal? E se o modelo mais vendido da Volkswagen chamasse Gol Normal?
Sei que a marca Always já mudou o nome de Always Normal para Always Proteção Total. Ficou bem melhor. Vamos ver o que acontecerá com as outras.

6 de novembro de 2009

Ei, Corinthianos... querem comprar uma camisa do Palmeiras?

Acabo de entrar no Google e fazer uma busca pela expressão "Corinthians". Surpresa: o 1º link patrocinado que aparece é o da "Familia Verde", especializada em artigos esportivos do Palmeiras.
Será que eu perdi alguma nova tendência sobre targeting e de índices de afinidade em mídia???
Pra mim isso é pior do que uma Churrascaria anunciando sua picanha mal passada no intervalo de um Globo Reporter especial sobre os benefícios de ser vegetariano.

5 de novembro de 2009

Disney decide deixar o Mickey mais "malvado"

O império Disney está prestes a tomar uma decisão histórica: vai fazer o Mickey Mouse ter uma personalidade mais "difícil". A razão para isso é que o seu principal personagem está perdendo popularidade e carisma.
O primeira passo será o lançamento do jogo "Epic Mickey", onde o famoso camundongo será mais hostil e egoísta (veja foto), diferente de seu usual comportamento dócil, inocente e bonzinho de sempre. E, segundo o NY Times, uma série de outras intervenções estão sendo pensadas pela Disney, que acaba de conseguir a autorização para abrir um parque temático na China após 20 anos de negociação.
Uf.... diria que o risco de fazer isso é o mesmo de tentar transformar a imagem da Cicciolina em santa ou o de tentar fazer o Homer Simpson virar um exemplo de alimentação saudável.

Tomara que a Disney acerte, senão o Mickey realmente vai ficar muito bravo.

Absurdo: Drogas com a "marca" Adriano (jogador do Flamengo)

Essa notícia me chocou: Durante uma operação na zona norte do Rio, a polícia encontrou um fuzil e pedras de crack com "selo de qualidade" com a foto do jogador Adriano, do Flamengo.
Analisando friamente, é possível abservar alguém bem sucedido em criar um diferencial para uma "commodity" ilícita. Mas isso é um verdadeiro absurdo do marketing.

4 de novembro de 2009

Errar também é importante

Tem gente que acha que errar é uma vergonha. Tem gente que acha que esse blog existe só pra criticar. Não e não. Como digo desde o começo desses textos, a intenção é aprender. E, tirar uma lição com os erros pequenos, é imprescindível para evitar erros maiores.

3 de novembro de 2009

Estande da Honda jogado às moscas enquando Fiat 500 bomba

Semana passada me surpreendi no saguão do aeroporto de Congonhas. Havia um certo tumulto em um canto, com pessoas fazendo fila (!) pra ver... o novo Fiat 500 (lançamento na categoria "minúsculos-e-muito-caros-enquanto-são-moda"). O simpático carrinho realmente atraiu a atenção do pessoal... tinha até gente tirando foto, sentando no banco, etc.
Enquanto isso, a alguns metros, estava o estande da Honda com 4 motos do tipo scooter (nem sei se eram lançamentos).... jogado às moscas. Pra não dizer que estava vazio, estavam lá a promotora e... um segurança (xavecando a bendita).
Como veu vôo atrasou (pra variar), acabei acompanhando a situação por mais de 5 horas. E a foto abaixo permanceu praticamente inalterada durante todo esse período.


Fiquei intrigado com o caso e resolvi procurar no Google Insights a quantidade de gente que está interessada no Fiat 500 versus a quantidade de gente interessada na scooter da Honda (o modelo novo chama-se "Lead"). Vejam abaixo. Como era de se imaginar, o Fiat 500 está bombando... todo mundo está curioso pra conhecer o "bichinho" e faz todo sentido colocá-lo para exposição em lugares com alto fluxo do target.

Mas então... porque afinal a Honda colocou essa exposição????
Imagino que o custo do espaço tenha sido o mesmo para ambas... No mínimo essa é, mais uma vez, uma lição de otimização de recursos.
Mas tamém consigo enxergar outros aprendizados:
1- Um produto não chama atenção automaticamente pelo simples fato de ser um lançamento
2- Um produto não chama atenção automaticamente por ter sido desenhado para aquele target
3- Colocar promotora bonita na exposição não garante visitantes (pode no máximo, garantir mais "segurança" para o produto exposto... rsrsrs)

Schin muda de agência como quem muda de roupa

Não tem como ganhar de um competidor gigante sem ser eficiente. Se você tem apenas 10% da verba de marketing de um oponente, não adianta inventar: tem que ser CONSISTENTE e bater na mesma tecla ao longo dos anos pra poder fixar um diferencial.
Dada a introdução, vamos aos fatos: a cerveja Schincariol acaba de anunciar que está mudando de agência... pela 5a vez nos últimos 6 anos.
Consequentemente, suas linhas de comunicação também têm variado. Desde o (re)lançamento da Nova Schin (lembram do "Experimenta! Experimenta!" e do polêmico caso do Zeca Pagodinho mudando de bandeira?), já passaram por alguns chavões como a "mulhegada" o "Ou seja, cerveja" e o atual "Pega Leve". Recentemente anuciaram ainda uma mudança de embalagem, focando no nome "Schin" (ou seja, tentando tirar o "Nova" da jogada).
Todas essas mudanças passam por execuções de boa qualidade, mas o problema está na inconsistência.
A Schin não pode se dar ao luxo de fazer tantas mudanças. Precisa acertar a mão logo e se agarrar em alguma coisa relevante.
Só não vou crucificar a Nova Schin porque no mercado ainda tem a... Kaiser funcionando como âncora da categoria, com problemas ainda mais drásticos.

2 de novembro de 2009

Uniban fica (mal) conhecida em todo o Brasil

Depois do incidente polêmico da aluna de vestido rosa, a Uniban ficou mais famosa do que nunca. Já viram a quantidade de vídeos que tem no Youtube mencionando a universidade?
Que impacto será que isso vai trazer pra sua marca?
Ah, se a estratégia do "falem mal, mas falem de mim" funcionasse...

29 de outubro de 2009

Benefícios Irrelevantes - Bola Penalty que muda de cor no sol

Hoje vou lançar a série Benefícios Irrelevantes, um erro clássico de marketing. São conceitos que não criam diferenciação, benefícios que não satisfazem necessidade alguma e features que não servem pra nada.
Pra estrear... nova bola Penalty Camaleão, que muda de cor quando fica no sol.
Vem cá... pra que serve isso???? Se ainda fosse uma bola que brilha no escuro, eu entenderia. Mas em quê uma bola que muda de tom de amarelo quando está no sol vai melhorar a minha vida?

28 de outubro de 2009

Produto Piada Pronta: Bimbo Rap10

Toda empresa global quer alinhar suas marcas. E o grupo Bimbo, que comprou a Pullman alguns anos atrás, está louquinho pra mudar a marca mais famosa de pão de forma do Brasil pro seu nome corporativo - eles talvez só esqueceram de consultar no dicionário o que significa a palavra "bimbar".
Mudar a marca seria um erro duplo... perder toda a herança da Pullman e ainda gerar uma conotação subliminar. Mas esse não deve ser um medo da empresa, que já começou a tentar a mudança. Vejam como ficou a nova embalagem do Rap10 com a inversão das prioridades nas marcas.
Cá entre nós... um produto chamado "Bimbo Rap10" não deveria ser censurado??!! rsrsrs Esses marketeiros fizeram, literalmente, uma sacanagem. Tá parecendo a história do Fuck Fiat.

26 de outubro de 2009

Gatorade muda de identidade e perde (muito) mercado

Em Janeiro a PepsiCo decidiu mudar radicalmente a comunicação de Gatorade, seu segundo produto mais vendido mundialmente. Em uma tentativa de modernizar a marca, lançaram uma novo logotipo (um "G" com um raio pequeno), mudaram todos os rótulos das embalagens (várias versões ganharam mensagens de atitude no lugar da marca) e lançaram uma campanha de comunicação baseada em benefícios emocionais.
Só faltou combinar com o consumidor. Talvez pela presença de muitas opções na gôndola ou pela mudança muito radical de benefício funcional para emocional, a marca acabou perdendo identidade e caiu -17% em vendas e -4.5% de participação nos EUA, seu maior mercado. Isso teve um impacto direto nos resultados da companhia, que fechou um sofrido 1º semestre com queda de 6% em vendas.
Será que os marketeiros responsáveis vão colocar esses números no currículo? :-)

Big Mac ou Big Mc?

Tá aí uma dúvida que eu sempre tive.
Alguém sabe me explicar porque Mc Donald's se escreve com "Mc" e Big Mac se escreve com "Mac" (aliás ele é o único ítem de todo o cardápio que se escreve diferente)??????

23 de outubro de 2009

Promoção do Playcenter pra assinante de TV a cabo?!

Essa é fresquinha.... acabei de receber um e-mail marketing da Net oferecendo 50% de desconto na entrada do Playcenter, um parque de diversões popular em São Paulo (já foi referência na área, mas hoje está em decadência). A oferta vem por causa do mês das crianças.
Agora vamos pensar juntos... será que o público do Playcenter é o público que assina TV a cabo??? Será que é por causa do preço que o público que assina TV a cabo não vai no Playcenter?
Receber uma oferta de desconto de um parque infantil no dia 23/Outubro (11 dias depois do Dia das Crianças) faz algum sentido??

22 de outubro de 2009

Blue Man Group vendendo TIM

Sou contra a falta de consistência de quem patrocina um evento ou show apenas uma vez na vida. Mas o que dizer de quem contrata um grupo pra ser seus "embaixadores de marca"?
Isso pode ser muito útil quando o produto e garoto-propaganda têm alta relação. Caso contrário, serve pra aumentar a lembrança da marca, mas pode não construir diferenciação de benefício. Na minha visão este pode ser exatamente o caso da TIM. Você mudaria de operadora apenas porque um grupo de malucos azuis (e "mudos"!) está anunciando uma outra marca?
Ok, de alguma forma está transmitindo originalidade, inovação, alcance internacional... mas acho que até o Super 15 criava associações melhores e mais diretas para a Telefonica do que o Blue Man Group está fazendo pra TIM.
Espero que a negociação do contrato tenha sido, ao menos, atrativa.


Salgadinho sabor pastel de queijo, pão na chapa e picanha grelhada?!

Acho a indústria de salgadinhos sensacional. Tem um monte de porcarias deliciosas que ficam fingindo que são nutritivas no mercado. E, pra conseguir chamar atenção do público adolescente, que adora uma novidade, a concorrência incentiva o lançamento de sabores "inesperados". Outro dia me deparei com várias opções curiosas na gôndola... você prefere salgadinho sabor Pão na Chapa, Pastel de Queijo, Costelinha Barbecue, Picanha Fatiada, Cream Cheese, Costela, Calabresa, Frango com Curry, Provolone a Milanesa (!), Cebola na Brasa, Picanha Grelhada ou Picanha Fatiada??? (qual será a diferença desses dois últimos? rsrs).
Pelo jeito não tem nenhum erro nisso, já que a maioria desses sabores deve ter sido testada. É apenas curioso ver alguns sabores tão forçados na parada... :-)... E, com essa proliferação, daqui a pouco vai ser difícil achar a batata sabor batata na gôndola.

19 de outubro de 2009

Que tal colocar sua marca em 5cm da camisa do Corinthians por 6 meses?

Você lembra de todos os patrocinadores que estiveram presentes na camisa do seu time do coração nos últimos anos?
Fiz um exercício informal com colegas e os corinthianos saíram na frente. Bastante gente lembrou de Medial e Batavo (os 2 últimos)... e os mais "experientes" também lembraram de Kalunga, Suvinil e Pepsi. Mas muits marcas foram pouco ou nunca lembradas.  (além das que estão nas fotos abaixo, ainda estiveram nesta camisa: Citizen, Corona, Kolumbus, Siemens, Ford, Vivo, Locaweb, etc. lembrou?).
Pra piorar a situação dos anunciantes, este ano o Corinthians decidiu dividir o uniforme entre vários patrocinadores (ficou parecendo um macacão de piloto), e a Batavo fechou um contrato de R$18 milhões por temporada pra ficar com destaque aí no meio desta salada. Será que vale a pena? Quantas pessoas será que conseguem ler o logo do Baú? E quantas pomadas de barbear a Bozzano vai vender a mais por causa daquele patrocínio temporário na manga?
Tenho muitas dúvidas sobre ese tipo de patrocínio, em especial quando não há consistência nos investimentos (veja o modelo da F1, onde algumas marcas como Marlboro, Benetton, Mercedes, Petrobrás e, agora, a Red Bull, investem com mais continuidade).
A Parmalat fez um golaço em patrocinar o Palmeiras no passado. Mas é raro achar outro caso tão positivo pro anunciante como este.


16 de outubro de 2009

GE e seus marketeiros despreparados


A GE (12a maior empresa do mundo em faturamento) tem mais de 5.000 funcionários em Marketing.
Mas 66% deles nunca teve um treinamento formal sobre o assunto e têm entre 0 e 5 anos de experiência na função.
Que consequência isso pode trazer pra empresa no futuro? Vamos acompanhar...

15 de outubro de 2009

Microsoft e seu Photoshop preconceituoso

Estratégia global e execução local. Já ouviu falar nesse chavão? Os marketeiros da Microsoft levaram esse mantra ao pé da letra e decidiram adaptar um anúncio americano para o mercado polonês. Resultado: um caso de preconceito que rodou o mundo. A Microsoft precisou pedir desculpas publicamente em seu Twitter. As pessoas têm memória curta... mas "a internet nunca esquece".

Mudando de assunto, é muito curioso ver a diferença do tamanho dos textos nos anúncios. Olha quantos caracteres foi preciso pra dizer "Empower your people" em polonês! Já ouvi dizer que o inglês é a língua perfeita pro marketing (e agora também pro twitter... rsrs).

14 de outubro de 2009

Crocs duram pra sempre. Então pra quê comprar um novo?

Um dia três amigos velejadores resolveram inventar um sapato leve, confortável, durável e que não escorregasse - ideal pra usar na prática de seu esporte. Começaram a comercializá-lo e o bendito virou mania mundial. Até grandes celebridades como George W. Bush, Jack Nicholson e Al Pacino já foram flagrados usando Crocs. Todos apaixonados pelas sandálias tão práticas e tão... duráveis.... mas, o que parecia ser uma vantagem competitiva, virou um "tiro no pé" (literalmente!). A crise chegou e as pessoas começaram a apertar o "cinto" no mundo todo... nesse contexto, porque comprar Crocs novos se os que estão no armário estão intactos como novos?? As vendas despencaram.... Veja mais detalhes no site da revista Exame Pequenas & Médias Empresas (até isso já é um mal sinal, hein?)


13 de outubro de 2009

Arezzo e sua campanha bizarra (só eu achei isso?)

Outro dia, em um shopping, me deparei com uma mega vitrine adesivada com uma foto de duas meninas parecidas, em uma pose meio estranha, em uma piscina, vestindo toucas de banho, maiôs futurísticos e sapatos de salto alto. Pisquei e reparei que eram a Juliana Paes e a Cleo Pires. Pisquei de novo e li que era uma propaganda da Arezzo.
Talvez eu não sseja o público-alvo, talvez eu não tenha conseguido me elevar a este ponto de abstração, talvez que não tenha aberto a minha mente.... Ok, a foto está bem produzida, as celebridades são de nível alto e, de alguma forma, está transmitindo muita sofisticação.... mas, aqui entro nós, será que só eu achei essa campanha bizarra?? Estamos mesmo vendo um anúncio de uma marca de sapatos?? Mais um caso de tentativa de usar a polêmica a seu favor.... humpf.
A mesma foto está na página principal do site da Arezzo atualmente.

11 de outubro de 2009

Fuck Fiat, movidos pela paixão

Quando falamos em nomes de estabalecimentos comerciais, pensei que já tinha visto de tudo. Em Florianópolis achei um boteco chamado Querubim Bar...
Mas... que tal se você fosse o Presidente da Fiat e visse uma concessionária chamada Fuck Fiat? Pois ela existe... Duvidou? Acesse você mesmo: http://www.fiatfuck.com.br/
No começo achei que era um daqueles manifestos anti-Fiat.. mas depois reparei que não... é uma rede de 4 lojas no Sul do Brasil que realmente se chama assim. Não consegui descobrir se é o nome do dono, se foi uma homenagem, ou se foi sacanagem.
E o pior é que o slogan da Fiat é "Movidos pela paixão"... tudo a ver com Fuck Fiat... rsrsrs... olha só como ficou o site dos caras... fala sério, hein?

8 de outubro de 2009

Anúncio masculino em revista feminina

O que você acharia se tivesse uma placa anunciando esmalte de unha na beira do gramado de um estádio de futebol?
Pois bem... hoje vi a Revista Caras número 829, da semana de 24/09/09, que tem a Gisele Bundchen grávida na capa. Deparei-me com 2 anúncios focados em públicos diferentes. O primeiro, de Havaianas, dizia: "Você vai deixar os homens mudos. E, acredite, muitos ficam bem melhores assim."... claramente uma propaganda  voltada a mulheres. Ja o segundo anúncio, de Fruitella, mostra um camarada "encoxando" o drops com o dizer: "Um exagero de prazer"... em meu ponto de vista, uma peca muito masculinizada.
Quem será que lê a revista Caras? Se for mais mulher, Fruitella errou. Se houverem muitos leitores de ambos os sexos, os dois erraram. Comprar mídia massiva pra comunicar só pra um publico é desperdício de dinheiro. Comprar midia dirigida pra nunciar pra outro público-alvo é mais desperdicio ainda. Agora só falta Fruitella tentar me convencer que esse anúncio é pras mulheres... aí é o fim do mundo.

6 de outubro de 2009

Joelmir Betting e seu erro de marketing... pessoal


Vocês se lembram do caso do Joelmir Betting (respeitado jornalista) fazendo propaganda pro Bradesco?

Passou super credibilidade ao produto (Hiperfundo Bradesco), mas incorreu em um erro de marketing... pessoal.

Joelmir foi dispensado do Estado de São Paulo e do Globo, que julgaram incompatíveis as funções de jornalista com a de garoto-propaganda.

Realmente fica estranho (já pensou o Willian Bonner fazendo propaganda da Casas Bahia?), mas a consequência desse caso foi meio exagerada (afinal, a Marília Gabriela também faz propagandas e ninguém fala nada...).

Pelo dinheiro que o Joelmir deve ter ganhado, diria que foi uma decisão financeira correta de curto prazo. Mas parece que hoje em dia isso deve causar algum arrependimento... afinal porque será que no seu site ele coloca o artigo com a sua defesa, mas não coloca esse anuncio como parte do seu histórico? Porque será que no Youtube só tem o filme da campanha estrelado pela Ana Hickman e não o seu?

2 de outubro de 2009

Marketing? Quem se interessa?

É um fato. Os brasileiros estão menos interessadas por Marketing com o passar do tempo. O gráfico abaixo é o resultado do Google Insights (uma somatórias das buscas relacionadas à expressão "marketing" na internet) dos últimos 5 anos. Dá pra ver uma clara relação da quantidade de buscas com o calendário escolar (picos durante as aulas)... e uma clara tendência de queda.
Se tem menos gente querendo aprender sobre Marketing, como é que vamos parar de errar?? :-)

1 de outubro de 2009

Marketeiros são mais confiáveis que juízes

As pessoas confiam mais em marketeiros que em instituições de caridade, juízes, instituições religiosas, advogados e policiais.

Isso foi o que uma pesquisa da GfK feita com mil pessoas no Brasil e mais de 17 mil pessoas em outros países apontou recentemente.

Ainda estamos atrás dos jornalistas, militares, médicos, carteiros e bombeiros.

Vamos colaborar, pessoal! Quanto menos erros, mais as pessoas acreditarão em nós! :-)

29 de setembro de 2009

Lançar produto só pra amedrontar a concorrência

Em 2006 a Ambev começou a comercializar a cerveja Perto Del Sol no Brasil, com foco no público feminino. Mas perdeu na justiça o direito de vendê-la por causa da similaridade com a marca da FEMSA, a Sol (que por sua vez tem só uma letrinha de diferença versus a Skol, mas pode continuar no mercado... rsrs.. vai entender esses critérios). Pra não ficar de fora, a Ambev renomeou o produto pra Puerto Del Mar... e ainda apareceu uma Puerto (só Puerto) no meio do caminho. Como o consumidor foi impactado com toda essa bagunça? Assistindo os comerciais abaixo... Mas... isso não é importa... afinal esses lançamentos era só pra pressionar a concorrência, e não pra satisfazer o consumidor... afinal, quem é que lança uma cerveja só pra mulher??



Seda e o milagre do crescimento dos cabelos

Acho a maioria das campanhas da Unilever geniais. E confesso que até essa achei genial. Cá entre nós, o conceito de crescimento fortificado pra um shampoo é matador. Mas o problema é que os marketeiros foram tão bem-sucedidos em comunicar isso que ficou parecendo (propositalmente) que o benefício do produto é fazer o cabelo CRESCER MAIS (praticamente um milagre), quando na verdade o benefício é fazer o cabelo crescer FORTE (seja lá o que isso signifique na prática). Repare no filme que o destaque para o "1,27cm" vem com um texto legal, quase ilegível, que diz que esse é o crescimento NATURAL do cabelo... isso sem falar no ícone da campanha: uma fita MÉTRICA.
O erro está em prometer algo que não é entregue, o que gera frustração (tem dezenas de comentários sobre este produto na internet, em especial no Yahoo Answers).
Como diria meu ex-chefe, "fazer Marketing é contar a verdade bem contada"... o problema é que quem conta um conto, sempre aumenta um ponto...

27 de setembro de 2009

Aperte a tecla SAP, Volkswagen!

A primeira vez que assisti a um comercial da Volkswagen que assinava com "Das Auto", pensei que era o nome de uma concessionária. Aí reparei que eles estavam assinando TODAS as peças assim (inclusive o site da empresa ).
Uns 3 meses depois, por pura coincidência, descobri que essa expressão significa "O carro".... em alemão (!). Ok, tem tudo a ver com a campanha e com o DNA da marca. Mas quantas pessoas entendem alemão no Brasil????

Aproveito ainda pra deixar um toque pra todas as emrpesas que teimam em escrever slogans, atributos e até nomes de produtos em línguas estrangeiras. Pesquisas recentes revelam que apenas +-10% da população brasileira fala inglês. Quando pegamos apenas a classe C (52% da população), o número cai pra 6%.

Como se fala Erro de Marketing em alemão, mesmo?

A polêmica positiva é vizinha da negativa

Usar polêmica pra gerar boca-a-boa é uma tacada de mestre.... isso quando o boca-a-boca é POSITIVO. E aí exite uma linha muito tênue... em geral, quem acerta a mão uma vez quer ir mais fundo na próxima, e acaba exagerando. Quem não se lembra das lendárias fotos da Benetton? Acertaram a mão algumas vezes, com imagens propositalmente provocantes... mas o tempo passou e exageraram...
A próxima na fila pode ser a Havaianas... colocaram uma vovó falando de sexo no comercial e tiveram que tirar do ar... alguns dizem que foi tudo proposital, mas não deixa de ser arriscado. Cuidado, Havaianas, a fila que a Benetton pegou está andando.

Em tempo... admiro as (poucas) empresas que têm a coragem e o dinheiro pra contratar uma celebridade pra ser coadjuvante. A Havaianas contratou um ator profissional (Cauã) pra aparecer penas alguns segundos e não falar nenhuma palavra no filme. E, independente da polêmica, ficou bom... pois assim o artista não se sobressaiu ao produto.

26 de setembro de 2009

Garoto-propaganda que faz contra-propaganda

Contratar celebridade ou garoto-propaganda é sempre um risco. Em geral, quanto mais famoso, mais polêmico... e quanto mais polêmico, mais incerto... quem não se lembra dos casos de artistas que, durante grande campanhas publicitárias, fizeram grandes gafes na vida pessoal?
O exemplo abaixo aconteceu em Abril deste ano. A Motorola controatou o Beckham (que nas horas vagas é jogador de futebol) pra vender um novo celular super ultra poderoso chamado Aura:


Mas ele não resistiu... e foi flagrado usando um...iPhone...


É nessas horas que eu entendo a razão da Johnson&Johnson ter inventado um homenzinho azul pra vender Cotonetes.... é azul, é velho e gordinho.... mas pelo menos não vai fazer besteira. O mesmo vale para o simpático franguinho da Sadia.

23 de setembro de 2009

Lançar sem planejar

67% das empresas lançam produtos dedicando apenas 6 meses OU MENOS para o planejamento.
Esse erro não preciso nem explicar. Veja a pesquisa no site da Mundo Marketing e comentários no blog da HSM.

A Kibon perdeu um primo

Era uma vez uma empresa (Unilever) que deciciu investir globalmente no mercado de sorvetes. Pra "chegar chegando", saiu comprando grandes marcas locais, como a nossa querida Kibon. Mas o que fazer com mais de 15 marcas diferentes de sorvete no mundo? Decidiram preservar os nomes e unificar os logotipos, para o formato do coração abaixo. Confesso que achei a idéia GENIAL... conheço poucos casos tão interessantes como esse... e, como consumidor, fiquei surpreso ao ver o mesmo logo de Kibon no sorvete Tio Rico, na Venezuela... imaginei de imediato que teriam a mesma qualidade (vantagens de marcas globais...). Tudo corria bem até que.... a marca Good Humor, comercializada nos EUA (país mais consumista de tudo no mundo), começasse a engasgar. Dizem as más línguas que, por causa dos maus resultados nas vendas, a Unilever tomou a corajosa e arriscada decisão de tirar a Good Humor da família do coração e voltar pra um logo de caminhão (??!), apelando pra um conceito de "back to our old memories" (veja o site deles). Abriram mão da globalização pra salvar uma marca. Vamos acompanhar o final desta história. A Kibon perdeu parte da família (mas ainda bem continua com o "Tio Rico" pelo menos... rsrs).