A série "logos separados ao nascer" é um clássico desse blog, que mostra algumas grandes "coincidências" do mercado publicitário. Mas como a capacidade de se inspirar nas idéias dos outros não tem limites, dessa vez queremos fazer aqui uma homenagem a uma série de marcas parecidas. Não estamos mais mostrando apenas alguma coincidências de cores ou fontes usadas nas logos. Estamos falando de marcas praticamente homônimas.
Em um mundo onde fica cada vez mais difícil se diferenciar, copiar um nome de um produto de um outro mercado ou sofrer uma "coincidência" pode prejudicar o plano. Por exemplo, qual você acha que é a chance de uma marca de chocolates artesanais finos que coincidentemente também se chama "Habib's" vingar no mercado?
A regulamentação de propriedade intelectual não permite que duas marcas homônimas atuem na mesma categoria. Mas nada impede que um laxante seja lançado no mercado com a marca "Phillips", por exemplo... dureza, né?
Não sei se é erro de marketing ou curiosidade, mas o que você acharia se eu te contasse que a Aquarius Fresh de uva tem suco de maçã e suco de limão, mas não tem suco de uva??? O mesmo acontece com a de abacaxi e a de pêra. A única que tem o suco que corresponde ao sabor é a Aquarius Fresh de limão.
A informação tá no site da Coca-Cola.
Parece piada, mas não é... existe mesmo uma empresa no Sul do Brasil que vende facas com a marca "Vira Bosta". O nome foi dado em homenagem ao besouro que tem esse nome e que é, proporcionalmente, o bicho mais forte do mundo, pois consegue virar, rolar e enterrar o cocô do gado.
Quando me mandaram essa sugestão no twitter, que era pegadinha... cheguei a ligar pra empresa pra conferir. Foi, no mínimo, cômico ser atendido por uma pessoa que fala "Facas Vira Bosta, bom dia!" com a maior naturalidade.
Belíssimo nome, parabéns aos fundadores.
Todos os anos a consultoria Interbrand divulga o ranking das marcas mais valiosas do mundo. A lista de 2011 acabou de ser publicada e é, novamente, encabeçada pela Coca-Cola. O destaque positivo dessa edição é a Apple, que avançou várias posiçõespelo segundo ano consecutivo.
Mas.. se por um lado algumas empresas se dão bem conseguindo manter uma marca forte, outras se dão mal. E essa é a lista das 10 marcas que mais perderam valor nos últimos 12 meses:
Sinceros parabéns do Erros de Marketing para Nokia, Nintendo, Sony, Yahoo!, Dell, Nescafé, Ikea, Blackberry, MTV e Morgan Stanley.
O Rock in Rio, um doa maiores eventos musicais do mundo, voltou a acontecer no Rio (finalmente... porque estava mais do que bizarro ouvir notícias do "Rock in Rio em Lisboa").
Eventos lotados, um monte de patrocinadores felizes e notícias pra todo lado. Em geral, não dá pra dizer que não foi um sucesso. Mas como é impossível acertar tudo e agradar a todos, vamos aproveitar pra deixar aqui nossa homenagem ao que aconteceu de pior no evento:
- PORNOGRAFIA NO LUGAR DO SHOW: parece piada, mas não é. No começo da transmissão do Rock in Rio no Multishow (da Globo), vazou alguns minutos de um vídeo pornográfico onde 3 garotas e um rapaz se divertiam numa van. Hardcore, hein?
Essa notícia saiu no site da revista Exame (aliás, o que uma revista tão conceituada de negócios está fazendo publicando notícias desse tipo??)
- CLAUDIA LEITTE E OUTROS CANTORES QUE NÃO SÃO DO ROCK: esse é um ponto polêmico, mas não dá pra negar que é bizarríssimo um evento chamado ROCK in Rio ter a participação de cantores de axé, música romântica, sertanejo, samba ou coisas de outros gêneros. Vários desses artistas tiveram que aguentar vaias. Claudia Leitte, em especial, cantou na abertura do evento e, além de ter que aguentar parte do público que se revoltou com a sua presença, deu o azar de ter uma falha no equipamento na sua saída do palco (veja a partir do 1':20'' do vídeo abaixo, que teve 87% de dislikes no youtube e um mooooooonte de comentários perversos).
- CAMPANHA ANTIDROGAS: Numa tentativa de mudar o chavão, a organização do evento lançou uma campanha sobre "sexo, opinião e rock'n'roll", onde alguns artistas (claramente os menos "barra pesada") incentivavam as pessoas a ir ao evento sem drogas. Mas... a música ficou parecendo jingle de propaganda eleitoral, e virou motivo de piada na internet. O vídeo não só não viralizou como também não agradou. Neste momento, 86% das pessoas indicaram no youtube que não gostaram do vídeo. A causa é nobre, mas claramente houve um problema na transmissão da mensagem da forma correta ao público alvo.
- BOB'S OU MC DONALD'S?: a rede de lanchonetes Bob's enfrentou a multidão e abriu uma unidade dentro da Cidade do Rock. Mas eles não tinham noção do tamanho da fome dos roqueiros. Dimensionaram mal sua capacidade de atendimento e revoltaram a galera:
No dia seguinte foi a vez da Ke$ha, que traçou uma Skol no palco! Saia justa...
- CORREIOS EM GREVE: pra fechar com chave de ouro um master fail... Os Correios tiveram a capacidade de fazer um super mega plano de Marketing capitalizando o evento com embalagens customizadas de Sedex, adesivagem de suas vans e patrocínio que foi massivamente divulgado. Mas ficaram em greve antes durante e depois do evento (!!!). Ok, ok, o pessoal de Marketing não tem culpa pela greve... mas vá ter azar assim lá longe, hein? Deviam ter cortado os investimentos imediatamente! Isso é mais que um tapa na cara pra quem usa o slogan: "SEDEX: mandou, chegou".
A lista poderia ir longe (que tal, por exemplo, uma promoção de coloração de cabelo com o tema?), mas acho que essas 6 coisas estão no topo do ranking. Vamos torcer pra que o próximo Rock in Rio seja ainda melhor!
Nos últimos dias cerca de 30 consumidores (na maioria crianças) afirmaram ter sentido queimações em suas bocas quando bebiam Toddynho. O negócio ficou feio: a vigilância sanitária fez fiscalizações na fábrica e a Pepsico assumiu um grave problema. Foi descoberto que, no dia 23/Agosto, um lote de produção do achocolatado pronto pra beber mais vendido no Brasil saiu com detergente (soda cáustica, ácido e água) misturado ao produto. Como o líquido é ácido, as crianças sentiram a ardência na boca...
O incidente faz a empresa correr o risco de pagar uma multa de quase R$200 mil, fora possíveis processos de consumidores e.... uma belíssima "cicatriz" na imagem da marca, já que a notícia saiu em TODOS os maiores veículos de comunicação do país
Infelizmente, um incidente que vai ficar marcado na história da marca.
Neste momento, o site da marca tem um aviso como tela inicial, vejam aqui.
A marca de lingerie Hope ganhou uma polêmica essa semana. Lançou uma campanha com Gisele Bundchen, que "brinca" com as mulheres. Veja um dos filmes:
O comercial foi parar no CONAR, por uma indicação da Secretaria de Políticas para Mulheres, que o achou sexista. Apesar do bafafá, até o momento no youtube a propaganda tem muito mais likes que dislikes.
Parece que o mercado de roupa íntima realmente gosta de abusar... mas o troféu continua com a Duloren, que vira e mexe lança uma campanha exageradamente apimentada de propósito.
Essa história da Hope me lembrou o caso da propaganda da joalheria Natan, lembra?
E aí, a Hope exagerou ou tem muito chato de plantão?
Vamos pensar na seguinte situação: você está andando na rua e de repente é atropelado. Sofreu um acidente grave, está muito mal e correndo risco de vida. Aí chamam uma ambulância pra te levar ao hospital e chega um veículo escrito bem grande: "AMEM":
A Caixa Econômica Federal lançou recentemente uma campanha que ressalta o seu valor histórico. A propaganda mais recente da série mostra que o maior nome da literatura brasileira e fundador da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis, também tinha conta no banco:
Para um banco, destacar a tradição e o seu valor histórico pode ser uma grande sacada e construir imagem de solidez e confiança. Tudo a ver, não?
Mas... um detalhe na execução gerou um belo debate: é um consenso que Machado de Assis era filho de um mulato com uma açoriana/portuguesa. Isso significa que muito provavelmente ele não era tão branquinho assim como apareceu na propaganda. E, enfim, o banco estatal está sendo acusado de racismo!
Achou que esse é um detalhe pequeno e que as pessoas não devem ter se importado? Dá uma olhadinha na longa lista de comentários raivosos que foram postados na página do youtube ou no blog da Veja.
Sinistro!
E está no ar a nova propagada do sabonete líquido Lux, estrelado por Paola Oliveira:
E aí, o que acharam?
Bom, minha função é criticar, então vamos lá. Olhe que sequência magnífica foi usada nesse filme:
0:01'- no primeiro segundo, Paola está na "lage" do seu palácio. Cena totalmente dispensável, pois não faz sentido na história e não ajuda a exmplicar nada.
0:02' - de repente, Paola já está em um corredor de luxo, tirando a roupa pelo caminho pra ir ao banho
0:05' - em uma cena super natural, Paola Olivera, pelada, joga seu sabonete líquido preferido para o alto
0:07' - com apenas 2 gotas do sabonete líquido, a esponja vira praticamente um algodão doce de tanta espuma
0:10' - a melhor parte: Paola Olivera toma banho sensualmente com a água caindo sobre o seu corpo, mas.... seu cabelo continua sequinho e intacto! uau!
Depois a Paola faz um charme com o chapéu de um "cavalheiro" e termina com a assinatura mágica:
"Surpreenda-se. Apenas algumas gotas rendem até 50 banhos". Fiquei na dúvida: se você precisa de pelo menos 2 gotas pra cada banho, eu precisaria de mais de 100 gotas pra 50 banhos... "100" gotas pode ser descrito como "algumas" gotas??? Ou será que eu devo reutilizar a esponja com sabonete?
Não, encontrei a explicação no site... eles consideram que você deve usar 5 ml em cada banho pra que sua embalagem de 250ml renda tantas chuveiradas. Então, na verdade, "algumas gotas" equivale ao pote inteiro do sabonete.
Ok, ok... Lux quer criar uma marca aspiracional, mostrando um mundo ilusório de luxo e sensualidade. Mas cuidado com os exageros aí, rapaziada.... daqui a pouco vira Polishop!
O slogan "pode ser Pepsi" já rendeu vários e-mails enviados ao nosso blog. Tem quem goste (por achar uma forma criativa da empresa se colocar como uma alternativa) e tem quem odeie (por achar que a empresa se rebaixou e assumiu que não é a preferida).
Mas esse fim de semana a empresa se superou. Decidiu fazer uma promoção "relâmpago", onde os clientes ganhariam uma outra Pepsi na compra de qualquer embalagem. O famoso "leve 2 pague 1" foi apresentado em um comercial especial (veja abaixo) e era pra ser uma demostração real de que "comprar Pepsi pode ser melhor do que você imagina":
O que aconteceu? Na hora do almoço do dia do lançamento da promoção os estoques ja tinham acabado em vários estabelecimentos credenciados e.... choveu reclamação. Teve gente detonando a empresa na internet, teve manifesto em frente a mercados e teve até loja do Pão de Açúcar dando Coca-Cola no lugar de Pepsi (!).
Sim, eu sei que no comercial tinha uma legenda que dizia que a promoção era válida até o término dos estoques.... mas pra ter chegado nessa proporção realmente a empresa subestimou muito a sua força, não?
Atenção pessoal da Pepsi, promoção às vezes pode ser sucesso viu? Mas tem que se preparar pra isso.
Você já ouviu falar em "loungerie"? É um misto de "roupa de baixo" e "roupa pra ficar em casa" (algo parecido com a proposta da Puket, por exemplo). Pois na França existe uma rede especializada neste tipo de roupa para crianças, chamada Jours Après Lunes. em uma atitude ousada, a rede está apresentando sua nova coleção com fotos polêmicas, onde as crianças são apresentadas como "mini-adultos":
A campanha foi muito criticada por exagerar na sensualidade e na "adultização" das crianças, não somente pelas poses mas também pelas maquiagens e penteados.
Mas esse não é um caso isolado. A foto abaixo é da "modelo" Thylane Lena-Rose Blondeau, de apenas 10 anos de idade, que está fazendo sucesso no mundo fashion.
O fato é que as crianças estão "amadurecendo" cada vez mais rápido, e querendo virar adultas cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, os pais querem garantir que seus filhos aproveitem bem a sua infância e que não caiam nessa "roubada" de desperdiçar a fase mais gostosa da vida.
E aí, a loja exagerou ou não?
Depois do caso da Arezzo, agora foi a vez de outra rede de varejo de roupas entrar na mira das denúncias. Ontem o programa "A Liga" da TV Bandeirantes apresentou um documentário sobre "trabalho escravo" no Brasil. Apesar parecer coisa do passado, estima-se que 12 milhões de pessoas trabalham em condições análogas à escravidão. A reportagem mostra casos de carvoarias, contruções civis e outros tipos de negócios que exploram a mão de obra nessas condições no Brasil. E, de repente, em meio à uma visita do ministério do traballho a uma confecção de roupas que foi denunciada, uma surpresa: várias pessoas trabalhando em condições desumanas na fabricação de roupas da loja Zara, rede européia de moda.
O programa "malhou" a Zara por um bom tempo explicitamente.
Mostrou costureiros vindo da Bolívia que não estavam registrados, trabalhando em condições totalamente inadequadas e ganhando muito pouco (R$0,26 por calça jeans que costuram, por exemplo). O programa inteiro já está disponível para assistir no youtube.
Vejam alguns trechos abaixo (assista a partir do 1'03''):
Uf... que dureza, hein? O caso ficou no TT do twitter um bom tempo ontem a noite e trouxe um enorme prejuízo pra imagem da marca. Em tempo: no fim do programa a representante da empresa alegou que esse é um caso isolado e que as providências já foram tomadas para corrigir o problema (veja o vídeo aqui, a partir do 7'22''). Mas depois de quase 1 hora de exposição negativa, não tem discurso que consiga fazer milagre.
A Mearim Motos (concessionária da Honda no Maranhão), que já foi homenageada aqui no blog, é um verdadeiro exemplo de superação.
Quando a gente achava que aquela propaganda tosquíssima do "incrível hulk" ganharia o troféu de pior propaganda de motos Honda do Mundo, eles conseguiram se superar e lançaram uma nova campanha com... um cover do Chaves!
Por incrível que pareça, essa "peça" teve quase 4 milhões de views no youtube, mas virou motivo de chacota pra rede. Vale lembrar que, fora a produção bizarra, a propaganda ainda mostra, teoricamente, "crianças", dirigindo motos se capacete...
Não dá pra negar... é mais fácil lançar um novo produto com uma marca já existente do que lançar uma nova marca. Algumas empresas fazem isso muito bem, mas outras nem tanto. A marca Nescau, por exemplo, não é mais apenas um nome de chocolate em pó... virou uma "megabrand" com achocolatado pronto pra beber, cereal matinal, sorvete, barrinha de chocolate, etc.
Apesar de parecer, decisões que envolvem extensões de linha ou lançamentos de flankers não são tão simples assim. É preciso considerar o público-alvo do novo produto, a necessidade que está sendo atendida, o impacto na imagem da marca, etc.
Por exemplo: Dove começou como um sabonete com alto poder de hidratação. O que acontece quando essa marca passa a assinar um desodorante (um produto cujo maior benefício é a proteção e não a hidratação)? É preciso estudar muito bem esse movimento antes de fazê-lo, para garantir que o resultado será positivo pra todos os produtos da marca.
Pra mostrar o estrago que uma decisão errada pode causar, vamos compartilhar alguns casos, no mínimo, bizarros:
- COMIDA COLGATE: o que será que passou na cabeça do dirigentes de uma empresa tão focada como a Colgate quando decidiram lançar pratos prontos pra comer com a marca de uma pasta de dente?? Aconteceu nos EUA, onde fica a sede da empresa:
- DESODORANTE BURGER KING: a rede de lanchonetes decidiu colocar no mercado, por tempo limitado, um desodorante com o cheiro do seu principal hamburger, o Whopper. Imagino alguém usando esse desodorante e sendo seguido por cachorros na rua... rsrs
- HIPOGLOS OFTALMICO: é difícil achar registros sobre isso, mas cerca de 15 anos atrás a marca de creme pra assaduras também tinha uma pomada pra passar nos olhos. Decidiram se concentrar apenas na sua especialidade, o "terceiro olho" :-)
Em 2009, no auge da "dança" do créu, a Dell teve a briulhante idéia de tentar se aproveitar da onda fazendo a propaganda abaixo:
Ok, ok... eu sei que existe uma multidão de pessoas que ainda não compraram seu 1o computador e que este tipo de música pode falar com esse público. Mas não dá pra negar que a paródia ficou vergonhosa.
Imagino como foi a reunião em que o responsável pelo Marketing da Dell no Brasil compartilhou o vídeo com os headquarters da empresa nos EUA e explicou a idéia...
Dando continuidade à série de produtos piada pronta, hoje fazemos aqui uma homenagem à Chana, uma montadora chinesa que decidiu lançar sua marca no Brasil sem nenhuma adaptação.
Com um logo que alimenta o imaginário dos "mentes poluídas" de plantão e um nome desses, não estão faltando piadinhas sobre o novo carro... algo como: "E aí, sua esposa te deixar fazer um test drive numa Chana nova?".
Boa sorte pra Chana. No mínimo, vai causar polêmica.
Se você não entendeu o trocadinho, não procure no google (risco de arruinar seu casamento). A explicação está nesse link, do dicionário informal.
Os chamados "infomerciais" são propagandas de TV mais longas, que explicam com detalhes o funcionamento do produto, de forma "informativa". Mas, aqui entre nós, a maior parte dos anúncios deste tipo força a barra. Na tentativa de vender a qualquer custo, eles usam de exageros e apresentam um produto simples como se fosse algo milagroso e a solução de "todos os seus problemas".
Segue aqui a minha homenagem a 10 informerciais bizarros que achei na internet:
Muita gente diz que pra ser um bom marketeiro basta ter bom senso. Obviamente discordo dessa afirmação. E também não acho que seja tão fácil assim achar uma pessoa com bom senso... :-)
Por exemplo, não duvido nada que um criativo quisesse reaplicar esta campanha de super mau gosto de uma goma de mascar por aqui:
Essa foi a melhor maneira que a empresa achou pra divulgar o benefício da longa duração do sabor do produto? Te deu vontade de experimentar? Uf...
Obrigado ao @fernandohasilpela sugestão!
Em 2009 o ministério do Turismo da Dinamarca estava passando por uma situação difícil. Análises provavam que o número de visitantes que chagavam ao país estava caindo. O que fazer?
Inacreditavelmente eles decidiram fazer o "viral" abaixo....
Tem muito marketeiro por aí que passa o tempo todo jogando a culpa de seu fracasso nas agências.
Será que o problema está realmente na equipe de criação? Ou será que o pessoal do marketing não consegue ser claro no briefing?
Agências não fazem milagres. Briefings ruins resultam em jobs ruins.
O vídeo abaixo, compartilhada pela colega Iris (twitter @ifd), traz uma bela sátira sobre o assunto. O que pode virar uma simples placa de trânsito quando é aprovada por alguém que não sabe o que quer? :-)
O caso já está conhecido por todos e não dá pra não incluir uma homenagem no nosso blog. Pra quem ainda não está sabendo, explico: o programa Pânico na TV, famoso por fazer "brincadeiras" com tudo e com todos foi vítima do seu próprio veneno. Algumas semanas atrás, eles anunciaram que trariam ao Brasil 2 gartodas"tchecas", que haviam feito um blog pra divulgar seu amor e vontade de visitar nosso país. As duas, na verdade, eram garotas-propaganda de uma marca de cerveja. Sem saber, o Pânico acabou caindo numa grande ação de "ambush marketing"... deu mais de 1 hora de conteúdo para uma marca, sem saber (algo que custaria perto de R$35 milhões e não estaria à venda, pois o programa é patrocinado pela Skol com exclusividade).
O quadro foi cortado do programa no último capítulo, após eles descobrirem a farsa através da Folha de São Paulo:
No vídeo o produto do Pânico dá a entender que tydo isso vai ser negativo pra cerveja, pois estão chegando no país "enganando" as pessoas e isso vai afetar a sua imagem. O que vocês acham?
Em tempo, o criador da campanha está feliz da vida.
Começa a propaganda tocando a trilha "Love is in the air". Aparecem corações na tela. Corta pra uma mãe com uma filha num café. Aparece a seguinte cena:
Responda rápido: isso é propaganda do quê??
A maioria das pessoas pra quem pergunto isso responde: Café 3 Corações!
Isso porque já há 2 anos essa marca de café tem veiculado uma campanha que tem essa mesma execução, vejam:
Mas, por incrível que pareça, a resposta está errada. A propaganda descrita acima foi veiculada no dia das mães pela Água de Cheiro, uma marca de cosméticos (destaque para a cena no segundo 28'):
Que erro básico. A Água de Cheiro gastou um belo dinheiro contratando uma atriz famosa, pagando pelos direitos de uma música famosa e colocou no ar uma propaganda que constrói outra marca.
Obrigado, Água de Cheiro. O Café 3 Corações agradece pela ajuda de vocês! Venderam muito café!
E a Dolly também, pois o troféu de pior campanha de dia das mães, até agora, era deles.
Já há algum tempo a Ana Maria Braga é garota propaganda do Carrefour. A apresentadora do Mais Você, da TV Globo, mostra diariamente dicas pras donas de casa em um programa matinal e tem bastante credibilidade entre seu público. Anteontem o programa mostrou uma matéria alertando as pessoas sobre a grande quantidade de bactérias presentes nos carrinhos de supermercado, onde colocamos nossas comidas antes de trazer pra casa. Mas o detalhe é que... a matéria foi gravada no Carrefour (cliquem no link acima pra assistir).
Uf... que coisa, hein?
Uma boa campanha de TV deve ser capaz de fazê-lo lembrar da marca que está sendo anunciada e do seu diferencial. Isso pode parecer super óbvio, mas não é. Canso de ver propagandas que as pessoas adoram assistir, mas não lembram sequer o nome do produto que estava sendo divulgado.
Não se trata de falta de criatividade. Isso é um problema grave de eficácia e pode levar a um desperdício imenso.
Um excelente exemplo deste problema está abaixo. Um vídeo super chamativo sobre o primeiro amor de um chinezinho... depois de 1 minuto e 18 segundos de "novela", uma marca de petróleo (? poderia ser qualquer coisa) assina o filme:
Hoje começamos uma nova série aqui no blog: Produtos Piada Pronta. São vários os exemplos de produtos e serviços cujos nomes ou definições simplesmente não combinam com (ou, no mínimo, soam estranho para) a nossa cultura ou idioma.
Pra estrear... já ouviram falar no Habbo?
O Habbo é uma comunidade virtual em forma de hotel, onde é possível mobiliar o seu quarto, perambular pelo hotel, "comprar" serviços virtuais e interagir com comunidades sobre os mais variados assuntos. O modelo parece ter agradado um grande grupo de adolescentes e já tem 180 milhões de usuários em todo o mundo. Aqui no Brasil os números do Habbo ficam bem atrás do orkut, mas existem mais de 25 milhões de participantes usando a comunidade com o idioma português... nada mal.
Apesar dos números, não dá pra negar que... esse nome pra uma comunidade virtual é uma piada pronta.
Sempre que posto sobre isso, recebo inúmeros comentários ironizando o nome da comuniade, do tipo: "E aí, tá usando o Habbo?", "Seus amigos já conhecem o seu Habbo?", "Adoro cerveja, mas é diferente quando tomo no Habbo", etc (imaginem tudo que pode sar desse assunto com a criatividade brasileira...).
Pra fechar com chave de ouro, acabo de entrar no site da comunidade. Bem na página inicial está escrito:
"Você não acredita o que acontece neste hotel maluco! Habbos gostam de amor". Post mais do que merecido nesse blog. :-)
Todas as semanas recebo dicas de erros de publicações de anúncios. Os exemplos são incontáveis... há os que colocaram propaganda no lugar ou hora errada(o), os anúncios que acabam formando uma imagem esquisita no contexto, ou ainda os que contaram com o azar.
Pelo visto os erros mais comuns são: colocar um banner de internet baseado em palavras-chave (corre o risco de colocar um banner anunciando pacote turístico pro Egito em um site que está falando sobre as guerras no Egito, por exemplo) ou colocar um anúncio em uma peça sem antes checar os detalhes de como ela ficaria na realidade.
Pra começar a divulgação, segue uma amostra de escorregadas em propagandas feitas em ônibus.
Cômico pra nós, trágico pros anunciantes:
Outro dia comentei no twitter do Erros de Marketing sobre o caso do famoso queijo La vache qui rit, vendido em Portugal com o nome traduzido "A vaca que ri". Confesso que achei um tanto quanto estranho comer um queijo com esse nome. Mas, pra comprovar que a criatividade brasileira vai além dos limites da minha compreensão, o colega @fagnernc nos indicou esse case "nacional". Trata-se de uma sorveteria de Manaus, que tem até um blog.
Não tem como não comentar sobre isso... no fim da semana passada a Arezzo divulgou uma nova coleção de calçados e acessórios chamada "Pelemania", feita com peles e pêlos de animais.
Pra ajudar a lançar a novidade, a empresa fez uma divulgação na flagstore da Oscar Freire, em SP, e espalhou a notícia a seus mais de 20,000 seguidores no twitter. Adivinhem o que aconteceu?
A marca ficou entre os trending topics do twitter por quase todo o domingo, chegando ao topo da lista no fim do dia. Mas... a esmagadora maioria dos comentários das pessoas era muito, muito negativo. O fato de a empresa estar usando animais em seus produtos despertou a fúria de uma multidão, que, literalmente, tentou "tirar o couro" da marca.
Que a Arezzo gosta de usar a polêmica pra chamar a atenção, nóa já sabíamos. Mas agora passou dos limites, não?
A Nextel, que há algum tempo criou um conceito super bacana de exclusividade com o mote "Bem-vindo ao clube", contratou Neymar pra ser seu mais novo garoto-propaganda.
Pra explorar a parceria ainda mais, a marca distribuiu 10 mil máscaras do jogador para a torcida santista na última quarta-feira, quanto o time do Santos enfrentou o Colo Colo pela Taça Libertadores da América. Deu sorte, pois o clube fez uma excelente partida... o clube vencia por 2x0 quando o craque fez uma jogada genial e garantiu o terceiro gol do clube alvinegro. E pra comemorar o gol, Neymar pegou uma máscara com um torcedor e vestiu! Sucesso, hein?
Mais uma sobre merchandising... um programa de TV chamado "O Povo na TV", veiculado na afiliada do SBT de Campo Grande (MS), fez uma competição que premiava quem conseguisse beber mais rápido uma garrafa de 2 litros do refrigerante Frutilla. Olha no que deu:
O que o presidente faz na sua vida pessoal pode afetar a imagem da sua empresa?
Esse mês o CEO da GoDaddy.com, uma empresa de internet que anuncia no SuperBowl, divulgou (em seu próprio site) um vídeo de suas férias no Zimbábue, onde fez uma caçada e matou um elefante (!) junto com alguns colegas.
Ao que tudo indica isso não é um crime no país. Mas o caso pegou bastante mal... gerou reações negativas de entidades protetoras dos animais e saiu até na Time/CNN .
O vídeo já foi visto mais de 500,000 vezes e está causando decepção em muitos clientes da GoDaddy:
A Páscoa está chegando! Nesta data tão especial pro mercado de chocolates, vale relembrar uma escorregada do ano passado, quando a Garoto decidiu "inovar" no "ovo" de Páscoa da marca Baton e colocou um brinde meio estranho no produto.
O que era pra ser uma "caneta vibratória gigante" (????) acabou sendo visto como... um vibrador.
Errinho bem básico, não?
Talvez devido à essa repercussão, em 2011 o ovo Baton mudou de brinde... agora vem com um pião (ainda não vi, será que ele vibra??)
Vamos a mais um caso polêmico. Viram a nova investida da Bombril?
Em uma série de comerciais de TV e uma campanha na internet, três mulheres marcantes (e humoristas) falam sobre a evolução das mulheres e... detonam os maridos. No exemplo abaixo, Marisa Orth, vestida de terno e gravata, compara os homens a cachorros:
Não dá pra negar que a campanha chama a atenção e conseguiu suprimir a ausência de Carlos Moreno (eterno garoto propaganda da marca) como protagonista.
Mas não resisti a escrever também algumas críticas sobre essa idéia. Assim que assisti à propaganda, 2 coisas me vieram à cabeça imediatamente:
1- O conceito de mulher evoluída está sendo estereotipado como uma "mulher de terno e gravata". Será que isso é realmente o que a mulher entende como mulher moderna?
2- Será mesmo que a maiora das mulheres (em especial da classe C, que certamente representa a grande maioria do consumo de Bombril) se identificou com esse insight de mulheres modernas e independentes ou será que ainda existe uma grande maioria "conservadora"?
Imagino que a BomBril e a agência devam ter pesquisado esses pontos antes de ir ao ar, por isso não vou estressar.
Mas não posso deixar de citar um último ponto que realmente me incomoda nessa campanha: o afastamento do público masculino.
Sim, eu sei que o público principal de BomBril deve ser as mulheres. E eu também sei que elas adoram ver os homens sendo detonados nas propagandas.
Mas eu também sei que até pouco tempo a marca patrocinava clubes de futebol (seria pra atingir mulheres??) e também sei que FOCAR EM UM PÚBLICO-ALVO NÃO IMPLICA EM CRIAR REJEIÇÃO EM OUTRO PÚBLICO.
Estou seguro que a segmentação do mercado é um dos princípios básicos de Marketing. Segmentar significa indentificar grupos de consumidores com necessidades e características semelhantes. Mas é muito raro achar uma marca de produto de massa que consiga direcionar 100% da sua comunicação ao segmento desejado... em especial no Brasil, onde a TV ainda é o meio mais massivo e as audiências têm muita dispersão.
Isso significa que, querendo ou não, sua mensagem também será comunicada a parte de um outro público que não é o seu alvo. E, ao criar rejeição neste outro público, ele pode se manifestar negativamente e afetar a imagem da marca e a percepção do público alvo.
Esse risco foi tomado pela BomBril e está gerando polêmica. Os comentários aos vídeos da marca no youtube estão bastante polarizantes, mostrando que um grupo razoável de pessoas não se identificou ou não concorda com o que a marca está propondo.
E vocês, o que acham?
Pois é. A Schin contratou a Sandy pra substituir a Paris Hilton como garota propaganda da cerveja Devassa. Muita gente achou que não tem nada a ver contratar uma moça comportada nesse contexto, mas o fato é que a campanha gerou um buzz danado e ficou nos trending topics do Twitter por 3 dias seguidos (coisa rara). A pergunta que fica no ar é se o "falem mal, mas falem de mim" também ajuda a construir uma marca.
Além do vídeo antigo já divulgado onde Sandy diz não gostar de cerveja, recentemente o jornal Extra publicou a imagem abaixo, com 7 pontos que comprovam que Sandy não combina com Devassa. Será?
Perguntei aos mais de 20.000 seguidores do Erros de Marketing no twitter qual foi o pior erro de Marketing do Carnaval. Recebi várias sugestões, mas a pior gafe com certeza foi essa:
A marca de pilhas Duracell decidiu patrocinar o bloco de carnaval Crocodilo, onde Daniela Mercury cantaria por mais de 7 horas seguidas. A intenção da marca era simbolizar a sua longa duração ao colocar uma pilha gigante na cenografia do caminhão, fazendo parecer que a energia do trio elétrico vinha da marca.
Existia também a associação da marca à cantora, que esbanja "energia", e que contaria com a companhia do coelhinho de Duracell no bloco, conforme a foto abaixo:
Não é todo mundo que gosta quando eu escrevo posts sobre pequenos erros ou detalhes de execução aqui no blog. Mas continuo acreditando podemos tirar aprendizados tanto de casos grandes como pequenos.
Então vamos a um caso enviado pelo nosso twitter (@errosdemkt): vocês já viram a propaganda do Knorr Meu Feijão? Pois bem... repare que a menina chega da rua (provavelmente da escola, junto com o pai que vem do trabalho). Sem lavar as mãos, ela vai direto pra cozinha experimentar o feijão.... com a mão. E o pai, também com a mão suja, se senta à mesa pra comer:
O slogan da Knorr é: "cada refeição é uma oportunidade". Com esse discurso, a marca tenta ser reconhecida como uma especialista nesses importantes momentos à mesa, trazendo também todo o valor emocional de uma refeição a tona.
Uma marca que se posiciona assim, no mínimo, tem que dar o exemplo do que é uma refeição sadia e recomendada. Atenção aí, pessoal da Knorr!
Nos EUA a chamada "propaganda comparativa" é uma prática de mercado. E assim, alguns casos clássicos de provocação (como a das propagandas da Coca-Cola contra a Pepsi e vice-versa) entraram pra história.
Mas por aqui esse tipo de propaganda tem 2 problemas:
Primeiro, o CONAR apenas libera fazer comparação de produto se houver uma argumentação objetiva (como resultados de estudos clínicos ou pesquisas que comprovem as diferenças) e se o anunciante se comportar de forma ética - o que é raro nesses casos.
Segundo, o povo brasileiro costuma não gostar de propagandas de comparação e os anunciantes ofensivos acabam ganhando uma conotação negativa. Em geral, nós preferimos que os produtos se concentrem em falar das suas próprias qualidades, e não em apontar os defeitos dos outros.
Mas... como poucas marcas se comportam de forma agressiva, quando alguém o faz se destaca muito. Nesse contexto, a Nissan decidiu fazer um movimento ousado esse fim de semana (em geral, marcas que querem fazer algo que provavelmente será barrado pelo CONAR, lança uma campanha na sexta-feira a noite... e, no mínimo, fica no ar por 3 dias): lançou uma propaganda mais do que agressiva atacando diretamente a Ford:
Resta saber quanto tempo essa propaganda ainda ficará no ar. E como os consumidores vão reagir.
Grande risco assumido pelo marketing da Nissan...precisava?
O site da Inc. elegeu os produtos mais idiotas da década. Os 4 primeiros da lista são:
- Windows Vista: após 5 anos de preparação, a Microsoft lançou essa nova versão do Windos que foi muito criticada por apresentar bugs, lentidão, incompatibilidade com hardwares e poucos jogos. A empresa disse que as vendas estavam bem, mas lançou o Windows 7 rapidinho...
- Hamburgueres exagerados: nos últimos anos, as lanchonetes americanas resolveram lançar sanduíches de 1.300 calorias, com ingredientes absurdos e exagerados em todos os sentidos. Pra quê isso?
- Crocs: e, de repente, tivemos que achar legal usar um pedaço de esponja no pé pra ir ao cinema.
- Segway: esse produto foi lançado prometendo revolucionar o mundo dos transportes. Por enquanto, nada.
Vejam a lista completa aqui. Talvez a tenha sido um pouco exagerada nas colocações...
O que vocês acham? Que outros produtos deveriam estar nessa lista?
A Reckitt lançou recentemente no Brasil a linha Dettol. São produtos para higiene como sabonete em barra, sabonete líquido e gel que eliminam germes e bactérias. Essa proteção antiséptica se apresenta como uma alternativa à marca Protex, da Colgate, líder absoluta no Brasil neste segmento.
Pra ganhar de uma marca tão tradicional, Dettol veio com uma campanha massiva de comunicação e um slogan matador: "100% confiável"...
Peraí.... desde quando "ser confiável" é algum diferencial????
Desde quando um produto que acabou de chegar vai ser visto como mais confiável que uma marca que está há anos no mercado apenas porque diz isso??? Será que vai dar certo?
A Mococa, uma das empresas mais tradicionais do Brasil no segmento de lácteos lançou um leite (de VACA) pronto pra beber chamado "Cocoricó" (som feito pela GALINHA) usando a imagem de um PORCO na embalagem.
Eu sei que isso é um licenciamento de um programa infantil da TV cultura, mas... não fica estranho???
A Reckitt, dona da marca Harpic, lançou uma campanha contra as cestinhas higienizadoras de vasos sanitários pra anunciar um novo "bloco higiênico". Na propaganda, fica subentendido que colocar a mão no vaso pra trocar a cestinha é desagradável... e que usar o bloco fica bem mais fácil:
Mas ao mesmo tempo, a mesma empresa lança no mercado uma super mega power cestinha higiênica pra vaso sanitário chamada Harpic Max, que perfuma o vaso por mais tempo e bla, bla bla...
Afinal, é pra usar cestinha ou não?????? Que incoerência...
Em tempo: acho engraçado a empresa anunciar com tanto entusiasmo a nova fragrância "marine" (no primeiro vídeo). É pra dar a sensação que está fazendo xixi no mar??? :-)
Ontem aconteceu o SuperBowl, a final do campeonato de futebol americano. Por ser o evento esportivo mais esperado e com maior audiência do mundo, as propagandas que passam nos breaks deste "show" são verdadeiros "acontecimentos" para as marcas. Muitas delas produzem um comercial de TV apenas para ser veiculado nesses 30'', que custam perto de US$3 milhões apenas em veiculação.
É fato que existem pouquíssimas oportunidades para falar com tantos consumidores ao mesmo tempo quanto essa, mas existe muita dúvida sobre o retorno desse investimento pontual. Para tentar fechar essa conta, as marcas começaram a alavancar esse "conteúdo" na mídia digital (veja artigo na Fast Company sobre isso)... e, obviamente, capricham na criatividade... quer dizer, ao menos algumas delas. Pra avaliar a qualidade dos comerciais de TV, o USA Today faz um tradicional ranking de "likes" e concluiu que o troféu de piores propagandas veiculadas no SuperBowl vai para.... Hyundai! (conseguiram ficar com as duas últimas colocações!), vejam os filmes abaixo:
Acho legal ver essa "investida" da Hyundai. Em 2010, ficaram com a terceira colocação no ranking das empresas que mais investiram em mídia no Brasil (!), por causa da campanha do "tchó tchó" pra Copa do Mundo (lembra?).
Tá aí uma empresa que deve curtir um desperdício.
Um laboratório decidiu fazer um merchan no Pânico anunciando... remédio pra hemorróidas. Será que eles pensavam que o assunto seria levado a sério?
Grandes chances desse dinheiro ter sido 100% desperdiçado...
Cerca de 50 pessoas me escreveram nas últimas horas pra avisar: "mais uma gafe no BBB". Já está virando rotina. Desta vez a história foi a seguinte:
A Knorr, uma das 5 patrocinadoras do BBB, fez uma prova entre os participantes do reality show... pra divulgar seu novo tempero, obrigou os brothers a se fantasiarem de frango e participarem de uma competição onde eles deveriam tomar um banho de tempero, colocar um saco na cabeça e ficar no forno até não aguentar mais (tentativa da produção da Globo de explicar o uso do produto). Meio bizarro, não? Uma verdadeira multidão criticou a prova no twitter. Vejam a prova abaixo ou neste link:
Mas não posso falar nada sobre isso, afinal o programa é assim....
Mas pra azedar o caldo (literalmente), aconteceu uma super gafe: minutos depois do início da prova, os participantes do BBB cantaram a música da Galinha Azul, mascote da Maggi!!!! O vídeo ainda não está diponível... mas o assunto virou TT no twitter. Mega master fail. Knorr, a concorrência agradece!
Poucos programas têm uma audência tão alta quanto a novela das 9 da Globo. De olho nessa "oportunidade", muitas empresas topam pagar 7 dígitos pra colocar um merchandising de seus produtos no meio da história.
No último dia 18/Jan, em um dos primeiros capítulos da novela Insensato Coração, a personagem interpretada por Paola Oliveira (a protagonista) acabou cometendo um belo equívoco... ela usou o Natura Shampoo Plant de Verão (um creme para pentear) como hidratante corporal (!), vejam no vídeo abaixo
A escola de idiomas Wizard acaba de lançar uma nova campanha de TV. A história é bonitinha e tem algumas coisas legais, como:
1- Mostra que aprender inglês pode ser mais fácil e rápido do que a gente imagina
2- Mostra que o pai, que deve ter estudado na Wizard (por isso guarda as apostilas em casa), sabe traduzir super bem um texto
Mas.... repare bem algumas coisas:
1- O pai conta pro filho que "o caçador se escondeu na caverna e esperou o lobo ir embora". A história que o pai está lendo é a da Chapéuzinho Vermelho (pause no segundo 00:10) e a imagem da capa do livro parece ter sido tirada desse site: http://bit.ly/i0OOFv . Mas, na história original, o caçador não se esconde numa caverna e não deixa o lobo fugir... Será que ele não aprendeu inglês direito e está traduzindo errado?? Além disso, que pai lê 95% de uma história (afinal o caçador só pega o lobo no finalzinho da história do Chapeuzinho vermelho) e larga o filho sem dormir e sem saber o fim da história?
2- O fato do menino conseguir ler em inglês só usando as apostilas não dá a entender que a gente não precisa ir à escola pra aprender outro idioma?
3- O menino lê o texto com uma pronúncia bastante errada. Se por um lado, mostra a facilidade de falar rapidamente outro idioma, por outro lado... é assim que meu filho vai falar inglês se estudar na Wizard?
Vale ainda ressaltar mais 3 pontos sobre essa escola:
1- Se o público alvo de uma escola de idiomas são pessoas que ainda não falam em inglês, porque elas têm nomes em línguas estrangeiras? O que a palavra "Wizard" significa pra quem só fala em português??
2- O slogan da Wizard é "Você bilíngue" ou seja, "Você falando 2 idiomas". Mas a escola ensina 7 idiomas. O slogan parece ser menos abrnagente que o escopo de atuação da empresa, não?
3- E, pra fechar com chave de ouro, deixo aqui uma homenagem ao site da Wizard (http://www.wizard.com.br/), um dos mais feios e poluídos que já vi.
A turnê da cantora Amy Winehouse no Brasil foi patrocinada pela cerveja Antarctica Sub Zero, que até fez uma promoção bem criativa oferecendo um seguro caso a cantora não aparecesse no palco (veja também no twitter da Sub Zero).
Pro alívio da marca, Amy apareceu e fez o show. Mas... virou uma garrafa de SKOL no palco (!).
Menos mal que ambas as cervejas são da Ambev, mas é no mínimo estranho ver um artista patrocinado por uma marca usar uma "concorrente". Riscos que se corre ao patrocinar uma pessoa polêmica e imprevisível...
Demorei pra me manifestar sobre isso porque confesso que não estava acreditando. A princípio achei mesmo que fosse proposital. Mas depois reparei que não... por alguma razão vazou na internet um vídeo real onde a atriz Fernanda Vasconcellos aparece em uma propaganda das Havaianas sem umbigo.
O vídeo virou trending topic no twitter e teve mais de 1 milhão de views:
Pra sorte da marca, o caso foi levado com muito bom humor pelos internautas. Não prejudicouo a mensagem e acabou até gerando um boca-a-boca espontâneo bem grande.
Mas a Havaianas que se cuide, porque um erro não planejado como esse poderia ter feito um estrago à campanha.
Outro dia fui fazer compras em um Carrefour e, bem na entrada da loja, havia uma grande ilha de papel higiênico marca própria. Olhem que sequência de bizarrices:
1- Os produtos tinham preço sugerido na embalagem (essa é uma prática usada pelas indústrias para tentar controlar a margem do varejo e igualar o preço entre os diferentes canais... mas pra quê o Carrefour coloca preço sugerido se o produto é vendido apenas nas suas próprias lojas??)
2- Pra piorar, estavam na ilha várias embalagens com o mesmo conteúdo, mas com preços sugeridos diferentes (R$17,95 e R$18,89, vejam na foto abaixo)!
3- Pra priorar ainda mais, nesta loja o preço real praticado (R$14,95) era ainda diferente dos 2 preços sugeridos que estavam impressos nas embalagens.
E aí, entendeu?
Esse novo desodorante da Garnier Bi-O promete deixar a pele das axilas mais claras em 28 dias.
Mas esse anúncio tem pelo menos 2 coisas estranhas:
1) Esse "brilho" não dá a impressão que o produto vai deixar a axila da menina mais clara que o resto do seu corpo??
2) O anúncio diz que o produto clareia a pele porque tem "AHA de limão" (mais um daqueles ingredientes misteriosos). Mas... limão não é conhecido por manchar a pele??
