19 de novembro de 2009

Luciano Huck vende de tudo

nho a impressão que o chamado "efeito manada" do mercado financeiro (quando todo mundo começa a fazer a mesma coisa sem saber o porquê) também acontece no mundo da publicidade. É impressionante ver como, de repente, o mesmo garoto-propaganda está em todos os anúncios. Isso é um óbvio relfexo dos picos de popularidade de algumas celebridades e também da falta de criatividade de algumas agências.
Teve uma época que o Ronaldinho Gaúcho vendia de tudo (até goma de mascar que faz bem pros dentes (!)), em outra era a Grazi, depois a Ivete Sangalo, seguida pela Claudia Leite, etc. A bola da vez é o Luciano Huck.
Respeitado como um dos melhores comunicadores do Brasil e tido como provável sucessor do Fasutão na Globo, o carismático apresentador tem feito propaganda de vitaminas até cartão de crédito, passando por cursos universitários, tênis, celulares, construtora, refrigerante, eletrodomésticos, roupa e até detergente pra lavar louça (isso fora os "n" merchandisings em seu programa de TV).
O problema é que a credibilidade da celebridade, quando muito exposta, começa a ficar em risco. Outro dia vi 3 propaganda seguidas onde o Huck aparecia recomendando produtos diferentes. Na terceira, não me passava mais segurança nenhuma.
Parece que seus assessores já perceberam isso e estão "abrindo mão" de alguns contratos atuais. Mas enquanto isso, dá-lhe propaganda!



4 comentários:

  1. O spokesperson só funciona em dois casos: quando a marca é desconhecida e precisa emprestar a fama da celebridade para aparecer no mercado (caso do lançamento da TIM com Ronaldo) ou quando a celebridade é 100% relacionada com a marca (caso do Tiger Woods e a Nike). Nos casos acima, é pura PERDA DE
    DINHEIRO.

    É na verdade burrice do diretor de marketing. É fácil vender a idéia de um spokesperson famoso. Parece que vai funcionar. Mas a realidade é que o cara não tem idéia melhor.
    É muito mais difícil construir uma marca que dependa de seus ícones e características próprias.

    Veja as Casa Bahia: usam modelos desconhecidos e têm um boneco próprio.
    O amadorismo do marketing brasileiro dá vontade de chorar.

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  2. teve tb recentemente a propaganda das motos Dafra: http://www.youtube.com/watch?v=5tNwM5rXtFg

    Uma palavra pra tudo isso: desgastante

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  3. Concordo plenamente com Marcos Dutra e com você. O uso de celebridades está estrapolando e saindo de foco para resultados da estratégia. Aliás, qual estratégia? Pois não vejo objetivo em ter o Luciano Hulk que não pode ser "a cara" de alguma marca pois representa várias, não tem uma campanha única.

    O resultado é o que você citou no post: vários comerciais com o mesmo garoto-propaganda e a identidade do anunciante se perde. O público passa a só enxergar o Luciano Hulk, e o produto mesmo, se confunde por tão parecidos.

    Me dói saber que ainda existem "departamentos de marketing" que ainda querem apostar em figurinhas fáceis e ações repetitivas. Vamos renovar!

    Ganhariam bem mais se apostassem em um personagem/anônimo. Cito o "Ligador" da OI, que foi um Case de sucesso e era interpretado pelo Mateus Solano (os gêmeos da novela Viver a Vida) e agora é um outro ator. Ninguém percebeu, não é mesmo? Mas o personagem marcou e ficou!

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  4. As criticas realmente são aceitas, mais ate quando temos a real certeza que foi um erro de marketing das empresas que utilizaram ou utilizam a imagem do Luciano Huck? Qual seria a analise e qual o grau de pesquisa que vocês utilizaram para julgar a devida estratégia se deu errado ou não? Na minha opinião algumas marcas principalmente varejistas se deram muito bem obtendo um alto nível de credibilidade com o consumidor final principalmente classe C.

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