A Páscoa está chegando! Nesta data tão especial pro mercado de chocolates, vale relembrar uma escorregada do ano passado, quando a Garoto decidiu "inovar" no "ovo" de Páscoa da marca Baton e colocou um brinde meio estranho no produto.
O que era pra ser uma "caneta vibratória gigante" (????) acabou sendo visto como... um vibrador.
Errinho bem básico, não?
Talvez devido à essa repercussão, em 2011 o ovo Baton mudou de brinde... agora vem com um pião (ainda não vi, será que ele vibra??)
29 de março de 2011
23 de março de 2011
BomBril cria rejeição em homens pra conquistar mulheres
Vamos a mais um caso polêmico. Viram a nova investida da Bombril?
Em uma série de comerciais de TV e uma campanha na internet, três mulheres marcantes (e humoristas) falam sobre a evolução das mulheres e... detonam os maridos. No exemplo abaixo, Marisa Orth, vestida de terno e gravata, compara os homens a cachorros:
Não dá pra negar que a campanha chama a atenção e conseguiu suprimir a ausência de Carlos Moreno (eterno garoto propaganda da marca) como protagonista.
Mas não resisti a escrever também algumas críticas sobre essa idéia. Assim que assisti à propaganda, 2 coisas me vieram à cabeça imediatamente:
1- O conceito de mulher evoluída está sendo estereotipado como uma "mulher de terno e gravata". Será que isso é realmente o que a mulher entende como mulher moderna?
2- Será mesmo que a maiora das mulheres (em especial da classe C, que certamente representa a grande maioria do consumo de Bombril) se identificou com esse insight de mulheres modernas e independentes ou será que ainda existe uma grande maioria "conservadora"?
Imagino que a BomBril e a agência devam ter pesquisado esses pontos antes de ir ao ar, por isso não vou estressar.
Mas não posso deixar de citar um último ponto que realmente me incomoda nessa campanha: o afastamento do público masculino.
Sim, eu sei que o público principal de BomBril deve ser as mulheres. E eu também sei que elas adoram ver os homens sendo detonados nas propagandas.
Mas eu também sei que até pouco tempo a marca patrocinava clubes de futebol (seria pra atingir mulheres??) e também sei que FOCAR EM UM PÚBLICO-ALVO NÃO IMPLICA EM CRIAR REJEIÇÃO EM OUTRO PÚBLICO.
Estou seguro que a segmentação do mercado é um dos princípios básicos de Marketing. Segmentar significa indentificar grupos de consumidores com necessidades e características semelhantes. Mas é muito raro achar uma marca de produto de massa que consiga direcionar 100% da sua comunicação ao segmento desejado... em especial no Brasil, onde a TV ainda é o meio mais massivo e as audiências têm muita dispersão.
Isso significa que, querendo ou não, sua mensagem também será comunicada a parte de um outro público que não é o seu alvo. E, ao criar rejeição neste outro público, ele pode se manifestar negativamente e afetar a imagem da marca e a percepção do público alvo.
Esse risco foi tomado pela BomBril e está gerando polêmica. Os comentários aos vídeos da marca no youtube estão bastante polarizantes, mostrando que um grupo razoável de pessoas não se identificou ou não concorda com o que a marca está propondo.
E vocês, o que acham?
Em uma série de comerciais de TV e uma campanha na internet, três mulheres marcantes (e humoristas) falam sobre a evolução das mulheres e... detonam os maridos. No exemplo abaixo, Marisa Orth, vestida de terno e gravata, compara os homens a cachorros:
Não dá pra negar que a campanha chama a atenção e conseguiu suprimir a ausência de Carlos Moreno (eterno garoto propaganda da marca) como protagonista.
Mas não resisti a escrever também algumas críticas sobre essa idéia. Assim que assisti à propaganda, 2 coisas me vieram à cabeça imediatamente:
1- O conceito de mulher evoluída está sendo estereotipado como uma "mulher de terno e gravata". Será que isso é realmente o que a mulher entende como mulher moderna?
2- Será mesmo que a maiora das mulheres (em especial da classe C, que certamente representa a grande maioria do consumo de Bombril) se identificou com esse insight de mulheres modernas e independentes ou será que ainda existe uma grande maioria "conservadora"?
Imagino que a BomBril e a agência devam ter pesquisado esses pontos antes de ir ao ar, por isso não vou estressar.
Mas não posso deixar de citar um último ponto que realmente me incomoda nessa campanha: o afastamento do público masculino.
Sim, eu sei que o público principal de BomBril deve ser as mulheres. E eu também sei que elas adoram ver os homens sendo detonados nas propagandas.
Mas eu também sei que até pouco tempo a marca patrocinava clubes de futebol (seria pra atingir mulheres??) e também sei que FOCAR EM UM PÚBLICO-ALVO NÃO IMPLICA EM CRIAR REJEIÇÃO EM OUTRO PÚBLICO.
Estou seguro que a segmentação do mercado é um dos princípios básicos de Marketing. Segmentar significa indentificar grupos de consumidores com necessidades e características semelhantes. Mas é muito raro achar uma marca de produto de massa que consiga direcionar 100% da sua comunicação ao segmento desejado... em especial no Brasil, onde a TV ainda é o meio mais massivo e as audiências têm muita dispersão.
Isso significa que, querendo ou não, sua mensagem também será comunicada a parte de um outro público que não é o seu alvo. E, ao criar rejeição neste outro público, ele pode se manifestar negativamente e afetar a imagem da marca e a percepção do público alvo.
Esse risco foi tomado pela BomBril e está gerando polêmica. Os comentários aos vídeos da marca no youtube estão bastante polarizantes, mostrando que um grupo razoável de pessoas não se identificou ou não concorda com o que a marca está propondo.
E vocês, o que acham?
20 de março de 2011
7 erros da Sandy como Devassa
Pois é. A Schin contratou a Sandy pra substituir a Paris Hilton como garota propaganda da cerveja Devassa. Muita gente achou que não tem nada a ver contratar uma moça comportada nesse contexto, mas o fato é que a campanha gerou um buzz danado e ficou nos trending topics do Twitter por 3 dias seguidos (coisa rara). A pergunta que fica no ar é se o "falem mal, mas falem de mim" também ajuda a construir uma marca.
Além do vídeo antigo já divulgado onde Sandy diz não gostar de cerveja, recentemente o jornal Extra publicou a imagem abaixo, com 7 pontos que comprovam que Sandy não combina com Devassa. Será?
Além do vídeo antigo já divulgado onde Sandy diz não gostar de cerveja, recentemente o jornal Extra publicou a imagem abaixo, com 7 pontos que comprovam que Sandy não combina com Devassa. Será?
15 de março de 2011
O pior do Carnaval: Duracell patrocinou pane elétrica
Perguntei aos mais de 20.000 seguidores do Erros de Marketing no twitter qual foi o pior erro de Marketing do Carnaval. Recebi várias sugestões, mas a pior gafe com certeza foi essa:
A marca de pilhas Duracell decidiu patrocinar o bloco de carnaval Crocodilo, onde Daniela Mercury cantaria por mais de 7 horas seguidas. A intenção da marca era simbolizar a sua longa duração ao colocar uma pilha gigante na cenografia do caminhão, fazendo parecer que a energia do trio elétrico vinha da marca.
Existia também a associação da marca à cantora, que esbanja "energia", e que contaria com a companhia do coelhinho de Duracell no bloco, conforme a foto abaixo:
Ótima idéia do pessoal da P&G, não?
Pois é... mas a empresa, que já passou por alguns casos de azar recentemente, passou por mais um apuro. Em meio à folia no circuito Barra-Ondina, o trio de Daniela Mercury ficou sem energia (!). A pane elétrica deixou o bloco sem som e luzes. Depois de cinco minutos de quase silêncio, a energia elétrica foi reestabelecida e o show continuou.
Será que trocaram a pilha? :-)
O bloco ainda ficou parado por uma hora em frente ao camarote de Ivete Sangalo por uma outra falha mecânica.
E um folião relatou na internet que o coelhinho de Duracell se cansou e passou mal... ops... será que isso vai prejudicar a imagem da marca?
A marca de pilhas Duracell decidiu patrocinar o bloco de carnaval Crocodilo, onde Daniela Mercury cantaria por mais de 7 horas seguidas. A intenção da marca era simbolizar a sua longa duração ao colocar uma pilha gigante na cenografia do caminhão, fazendo parecer que a energia do trio elétrico vinha da marca.
Existia também a associação da marca à cantora, que esbanja "energia", e que contaria com a companhia do coelhinho de Duracell no bloco, conforme a foto abaixo:
Ótima idéia do pessoal da P&G, não?
Pois é... mas a empresa, que já passou por alguns casos de azar recentemente, passou por mais um apuro. Em meio à folia no circuito Barra-Ondina, o trio de Daniela Mercury ficou sem energia (!). A pane elétrica deixou o bloco sem som e luzes. Depois de cinco minutos de quase silêncio, a energia elétrica foi reestabelecida e o show continuou.
Será que trocaram a pilha? :-)
O bloco ainda ficou parado por uma hora em frente ao camarote de Ivete Sangalo por uma outra falha mecânica.
E um folião relatou na internet que o coelhinho de Duracell se cansou e passou mal... ops... será que isso vai prejudicar a imagem da marca?
11 de março de 2011
Knorr mostra menina comendo sem lavar as mãos
Não é todo mundo que gosta quando eu escrevo posts sobre pequenos erros ou detalhes de execução aqui no blog. Mas continuo acreditando podemos tirar aprendizados tanto de casos grandes como pequenos.
Então vamos a um caso enviado pelo nosso twitter (@errosdemkt): vocês já viram a propaganda do Knorr Meu Feijão? Pois bem... repare que a menina chega da rua (provavelmente da escola, junto com o pai que vem do trabalho). Sem lavar as mãos, ela vai direto pra cozinha experimentar o feijão.... com a mão. E o pai, também com a mão suja, se senta à mesa pra comer:
O slogan da Knorr é: "cada refeição é uma oportunidade". Com esse discurso, a marca tenta ser reconhecida como uma especialista nesses importantes momentos à mesa, trazendo também todo o valor emocional de uma refeição a tona.
Uma marca que se posiciona assim, no mínimo, tem que dar o exemplo do que é uma refeição sadia e recomendada. Atenção aí, pessoal da Knorr!
Então vamos a um caso enviado pelo nosso twitter (@errosdemkt): vocês já viram a propaganda do Knorr Meu Feijão? Pois bem... repare que a menina chega da rua (provavelmente da escola, junto com o pai que vem do trabalho). Sem lavar as mãos, ela vai direto pra cozinha experimentar o feijão.... com a mão. E o pai, também com a mão suja, se senta à mesa pra comer:
O slogan da Knorr é: "cada refeição é uma oportunidade". Com esse discurso, a marca tenta ser reconhecida como uma especialista nesses importantes momentos à mesa, trazendo também todo o valor emocional de uma refeição a tona.
Uma marca que se posiciona assim, no mínimo, tem que dar o exemplo do que é uma refeição sadia e recomendada. Atenção aí, pessoal da Knorr!
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